quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

Bom Natal

A todos os leitores e amigos do Internacionalizzando, um óptimo Natal e um maravilhoso 2011!

Regressarei em 2011 e conto convosco!

Um abraço a todos,


André Pereira Matos

quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

Lamentos

A União Europeia lamenta e eu lamento igualmente. Israel continua sem dar mostras de se empenhar verdadeiramente no processo de paz e recusa-se a parar com os colonatos na Cisjordânia. Mesmo que esse processo de paz signifique muito para os seus aliados americanos, cujo sucesso da política externa do actual Presidente depende muito deste conflito no Médio Oriente. E, eu diria, agora com os WikiLeaks, urge, mais que nunca, que os Estados Unidos mostrem resultados e dos bons...

Os Estados Unidos, no entanto, já desistiram de apoiar o congelamento dos colonatos. Disseram que preferiam apostar, a partir de agora, em outras formas de negociação, centrando-se em questões como a definição de fronteiras. Ora, para mim, que não estou dentro dos círculos diplomáticos, essa hipótese não é um bom ponto de partida. Se isto se passa com os colonatos que impedem as negociações, o que surgirá dos debates sobre as fronteiras?

O que será que a União Europeia, por sua vez, pode fazer mais do que lamentar? Era bom haver mais pressão, uma vez que agora é das únicas entidades do Quarteto que pretende, em primeiro lugar, o congelamento da construção dos colonatos. Posição, pela qual, deve ser felicitada. Agora, força!

terça-feira, 21 de dezembro de 2010

Quantos amigos tem a China?

Quantos amigos tem a China?


É verdade! A China conta, entre outros, com 18 amiguinhos mais fiéis. Como sei eu isto? Ora, pois é o número de países que não estiveram presentes na cerimónia de entrega do Nobel da Paz. E quem são eles? Pasme-se: Rússia, Arábia Saudita, Paquistão, Iraque, Irão, Afeganistão, Ucrânia, Cazaquistão, Sérvia, Venezuela, Filipinas, Vietname, Colômbia, Egipto, Tunísia, Sudão, Marrocos e Cuba.

Algumas considerações:

1. A China fez muita pressão sobre os países com os quais mantém relações mais próximas para que estivessem ausentes desta cerimónia - houve mesmo cartas oficiais para representantes diplomáticos;

2. A China considera esta cerimónia uma farsa;

3. Todos os ausentes são, ironicamente, campeões do respeito pelos Direitos Humanos e pelas liberdades.

4. Sem ser muito cáustico, digo que, caso tivesse sido comprada a nossa dívida pelos chineses, Portugal também poderia ter sido um dos ausentes... Com quem nos fomos/vamos meter?

segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

Ai os "chenkos"...

Duas notícias más para a democracia e para os "chenkos" da Europa de Leste...


Timochenko formalmente acusada de desvio de fundos públicos


Eleições no Kosovo

O Kosovo sempre foi um caso que me interessou particularmente, pois não é todos os dias que se vê nascer um país. E o Kosovo deve ser o mais recente caso desse género, já eu andava nas lides das Relações Internacionais. Por isso ainda hoje o sigo com alguma atenção.

As eleições neste jovem país, as primeiras desde a declaração da independência, têm dado que falar. Hashim Thaçi, líder do partido cujas sondagens apontavam como vencedor (apesar da diferença desse PDK para o da oposição, o LDK, não ser muito grande) apresentou um discurso virado para o Ocidente, para a União Europeia, para a NATO. À partida, este líder teria tudo para vencer. No entanto, os 45% de desemprego e os 2 milhões de habitantes a viver abaixo do limiar da pobreza dificultaram a popularidade de Thaçi, também ele associado à corrupção. Pior: além disso, a oposição acusa-o de fraude nas eleições, o que, convenhamos, não é muito positivo para alguém que ajudou a fundar a democracia kosovar. Podia ter sido uma espécie de Mustafa Kemal kosovar. Mas a verdade é que não foi. Ou pelo menos não tem sido. 

Um dos motivos que leva a oposição a fazer tal afirmação é o facto de, em alguns sítios do país, conhecidos pelo apoio ao Primeiro-Ministro, a afluência ter alcançado os 94%, sendo que a média nacional não alcança os 50 pontos percentuais (fica-se pelos 48%). Ora, realmente é motivo para desconfiar.

Esta novela enriquece ainda o seu enredo com o processo que o Primeiro-Ministro kosovar vai instaurar a um relator do Conselho da Europa, por este o ter acusado de estar envolvido no tráfico de droga e de órgãos humanos. Mais pormenores, aqui.

A vitória do partido democrático de Thaçi foi em cerca de 30% contra 26% da oposição. Agora veremos o que acontece no país...

domingo, 19 de dezembro de 2010

Confusões por Itália

No contexto da não aprovação de uma moção de censura ao governo de Berlusconi por três votos apenas, sugiro a leitura do post do Pedro Fragoso no seu Tijolo com Tijolo.

sábado, 18 de dezembro de 2010

sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

América Latina - Cuba e Venezuela

A notícia da libertação de vários presos políticos em Cuba parecia fazer antever a abertura do país em termos democráticos. No entanto, a proibição da saída de Fariñas do país para ir receber um prémio a Estrasburgo, no âmbito da liberdade de expressão, pode deixar-nos menos crentes relativamente a essa evolução do governo cubano.

Por outro lado, temos também a Venezuela: país de grandes disparidades sociais e de graves problemas de segurança, entre outros, também aqui a democracia tem sofrido bastantes reveses, ao qual agora se acrescenta a intenção de Chávez de governar com plenos poderes nos próximos 12 meses. O pedido já foi efectuado à Assembleia Nacional e é justificado pelas cheias que têm afectado o país. Para além da precipitação, eu acho que também está a meter-lhe alguma confusão a "chuva" de opositores que vai chegar ao parlamento venezuelano já em Janeiro - os 40% da oposição que tomarão os seus respectivos lugares nessa instituição, resultado das últimas eleições. Ora, com plenos poderes, Chávez ficará com um belo guarda-chuva para essa pluviosidade, continuando a metáfora.

quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

Emprego em Nova York

Job Announcement:
Director of the International Network for
Economic, Social and Cultural Rights (ESCR-Net)

ESCR-Net seeks a Director to provide strategic guidance, management and leadership to expand the Network’s capacity and substantive work; to guide the process to relocate the Network’s Secretariat to a global South country; and to lead  the Network in its new period of growth. 

ESCR-Net is the largest global Network of organizations and activists from around the world working together to secure economic and social justice through human rights.  ESCR-Net seeks to strengthen the field of all human rights, with a special focus on economic, social and cultural rights (ESCR), and further develop the tools for achieving their realization. Through ESCR-Net, groups and individuals share information and strategies, develop new tools and resources, support joint advocacy actions, and develop a collective voice.  ESCR-Net has a core membership of more than 220 organizations and individual activists from over 65 countries. 

ESCR-Net has begun a new phase of growth, and now seeks a dynamic Director to lead the Network through this important and exciting stage of ongoing development, realizing the Network’s greater potential.  In recent years, significant progress has been made in consolidating and strengthening the collaborative work among members of the Network - particularly in the areas of adjudication of ESCR (including the campaign for the Optional Protocol to the ICESCR); corporate accountability; economic policy and human rights; women and ESCR; and social movements. 

The new Director will build on this momentum and lead the Network to further deepen and expand its substantive areas of work. The new Director will also guide the process to relocate the ESCR-Net Secretariat while retaining a strategic presence for the Network at the international level.  The ESCR-Net Board and Secretariat staff have undertaken a study to explore the benefits of relocating the Secretariat from New York City to the global South. Initial research has been conducted to identify a location that would provide a supportive operating environment for NGOs; strong connections to civil society base of ESCR work; lower operating costs; ease of travel; efficient technology and communications infrastructure; and good access to donor funds.  At this stage, several potential locations have been identified, including Argentina, Brazil, India, Kenya, Malaysia, Mexico and South Africa.  The new Director will plan and implement the process of research, decision-making and relocation of the Secretariat, transitioning with the Secretariat to a new location.     

Specific responsibilities of the Director include the following:
Develop strategic and programmatic direction for the Network, in response to members’ interests and needs and in consultation with the Board and Secretariat staff.
Coordinate day-to-day activities, programs and administration of the Network, including managing the Secretariat staff and overseeing the administration of funds and financial planning.
Raise funds for the operation of the Network and report to funders.
Work with program staff to facilitate the thematic working groups, support ongoing projects and develop new activities.
Organize meetings, conferences and other events aimed at developing the Network and providing a framework for joint advocacy activities.
Represent the Network at international conferences, meetings and strategy sessions, and conduct ongoing outreach for the Network.
Follow developments in the field of economic, social and cultural rights with an aim toward identifying strategic opportunities for the Network.
Facilitate governance of the Network by working closely with the Board on setting policies and directions and working with Membership.
Maintain lines of communication between the different Network structures: Board, Secretariat, Working Groups   and General Assembly (Membership).
Guide the process of decision-making and transition of the Secretariat from New York City to a new location in the global South, and transition with the Network to its new location.

The Director of ESCR-Net reports to a seven-member Board, elected by members of the Network.

Qualifications

The ideal candidate is someone who has excellent coordination, management and advocacy skills; substantive knowledge of the field of ESCR; a proven track record or demonstrated capacity to raise funds; and the strategic thinking and organizational skills needed to build a strong, decentralized, membership-driven, global Network.

Candidates should have the following qualifications (required):
In-depth knowledge of economic, social and cultural rights, and a minimum of 7 years experience in the field of human rights, with progressively greater responsibility, including a minimum of 3 years of management experience.
Strong leadership capacity, strategic vision and creativity to guide the development of the Network and its project and advocacy work.
Strong management, coordination and interpersonal skills to run the operations of the Network and to catalyze collaborative work amongst its members.
Excellent political judgment and facilitation skills to work with a wide range of civil society groups and interests as well as help position the Network on advocacy issues.
Capacity to plan and prioritize well and to juggle multiple demands, and to work comfortably in a small, collegial office environment.
Ability to bring a gender perspective into the work of the Network and to work effectively across language and cultural differences in coalitions and partnerships with other organizations and grassroots groups/social movements.
Fluency in oral and written English, with excellent writing and public speaking skills
A record of successful fundraising – or demonstrated capacity – from foundations and donors.
A record - or demonstrated capacity - of successful human rights advocacy and/or campaigning.

In addition to the qualifications noted above, the following skills and experiences are desirable:
Fluency in Spanish and/or French is highly desirable; knowledge of other languages, including Arabic or Hindi is also desirable.
A Master’s level degree in law, politics, public policy, international development or related field.
Familiarity and comfort working with new online and offline communication and collaboration technologies.

Salary and Benefits
ESCR-Net offers competitive compensation and generous employer-paid benefits including medical, dental and vision, and generous vacation and paid leave.

Location of the Position
The position is currently based in New York City and includes international travel.  The new Director will initially work from New York City, and move with the Secretariat when it is relocated in order to ensure a smooth transition and continue to lead the work of the Network.   In exceptional circumstances, the possibility will be opened up for the new Director to work from another location initially as long as sufficient time is spent in New York City to become immersed in the operations of the Network.
 
All interested applicants, regardless of nationality or current location, are encouraged to apply. ESCR-Net will assist the new Director in obtaining the necessary work authorization.
To Apply

Please send a curriculum vitae, a letter of interest, and the contact information of 3 references by January 24, 2011 to ESCR-Net by email director@escr-net.org using Director Search as the subject of your email . Please note that all application materials must be submitted in English.   Due to the high volume of responses we have received in the past, only short-listed candidates will be contacted. Thank you for your understanding during this process.
For more information on ESCR-Net, please visit our website at www.escr-net.org

quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

Emprego


ASSISTENTE NA ÁREA DO SECRETARIADO (m/f) - Eu careers
Está disposto a iniciar uma carreira como secretário na Europa?
Línguas: (DA) Dinamarquês, (DE) alemão, (EN) inglês, (ES) espanhol, (FR) Francês, (MT) maltês, (NL), neerlandês, (PT) português, (SV) sueco. As instituições da UE procuram assistente para a área do secretariado dos 27 Estados-membros. Actualmente procuramos secretários com uma boa formação para iniciarem a sua carreira nas instituições da UE.

Perfil do Candidato:

É um secretário devidamente qualificado;
A sua língua principal é uma das seguintes: inglês, dinamarquês, neerlandês, francês, alemão, maltês, português, espanhol, sueco;
Além das suas competências profissionais na área do secretariado, deve ter um bom conhecimento de inglês, alemão e/ou francês (se não for a sua língua principal), ter excelentes capacidades para resolução de problemas, boas aptidões de comunicação e apresentar, sistematicamente, resultados de grande qualidade.

Oferta:

Um emprego no coração da Europa;
Um ambiente de trabalho internacional motivante;
Uma carreira plena de oportunidades de aprender e desenvolver as suas competências;
Um salário atractivo (AST1) e um pacote de benefícios interessante.

Contacto:

Se está disposto a enfrentar um maior desafio visite o nosso sitio Web www.eu-careers.eu para se candidatar! Mais informações sobre o perfil e o procedimento de selecção disponíveis emwww.eu-careers.eu no anúncio do concurso EPSO/AST/111/10 (AST1).

Observações:

As inscrições terminam em 16 de Dezembro de 2010 às 12 horas (hora de Bruxelas).

Call for Papers


Call for Papers
«Détente and Social Revolution in Southern Africa»
IPRI-UNL/LSE IDEAS
Lisbon, 6-7 May 2011

The 1970s was a decade of profound transformation in Southern Africa: faltering nation-building projects based on a variety of socialist models of development post independence intersected with a growing crisis of white constructs of nationalism and increasingly militant liberation movements. These dynamics of change cannot be analysed separately from the international environment of détente, which proved both an enabling and distorting factor in the process of change in the region. Building on successful collaboration between IPRI-UNL and LSE IDEAS on two conferences on conflict in Southern Africa in the Cold War era, and decolonisation and its legacies, this conference seeks to highlight new research on the interaction of Détente and smaller states in Southern Africa. This was a key decade in the rise and fall of the Cold War in the extra-European world:  Just as the human rights debate was to contribute to the long-wave of change in the geo-political environment in Europe, so tension between human rights and models of economic progress challenged the international community and the domestic status quo in the Southern African region.
This conference seeks to explore comparisons and difference in the dynamics and impact of détente in Southern Africa, and local sources and understandings. It adopts a deliberate multi-disciplinary approach to combine social-psychological discussion of international and regional perception and motives, analysis of contemporary high politics and explanations for the changing structure of the international system in the region. Its themes are national and transnational actors and agencies; personalities, ideologies and opportunities. Papers that draw on new archives from the region, as well as multi-archival research, are particularly welcome.
Panels:
a) the Superpowers and Détente: new findings;
a)      Luso-phone Africa and the mirage of détente;
b)      South Africa/Rhodesia: Détente and its detractors;
c)      Détente and the Front Line States.

Proposals (max. 500 words) and supporting CVs should be submitted to Dr Sue Onslow, s.onslow@lse.ac.uk , by 31st January 2011.

Evento

terça-feira, 14 de dezembro de 2010

Back!

Peço a todos desculpa pela minha longa ausência. Problemas técnicos e imenso trabalho têm-me impedido de manter o blogue actualizado. A partir de amanhã, voltarei em força! 

segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

Dados divertidos!

Através do blogue 2 Dedos de Conversa descobri este vídeo, onde os dados são apresentados de forma interactiva, apelativa e divertida, afastando a aridez dos números e tornando interessante e eficaz o processo de aprendizagem. Vale a pena ver!


sábado, 4 de dezembro de 2010

sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

Evento - Convenção Nações Unidas e deficiência

(Desculpem a ausência; problemas técnicos são os culpados)


CONFERÊNCIA “CONVENÇÃO DAS NAÇÕES UNIDAS SOBRE OS DIREITOS DAS PESSOAS COM DEFICIÊNCIA – O PAPEL DAS ORGANIZAÇÕES NA SUA IMPLEMENTAÇÃO”
A Associação Portuguesa de Deficientes vai realizar no dia 13 de Dezembro, no Auditório do Edifício Novo da Assembleia da República, a Conferência “Convenção das Nações Unidas sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência – o papel das organizações na sua implementação.
Embora todos os tratados internacionais de direitos humanos se apliquem às pessoas com deficiência, as Nações Unidas, ouvidas as organizações representativas das pessoas com deficiência, consideraram ser útil e justo clarificar e detalhar de que forma os direitos humanos se aplicam às pessoas com deficiência, fazendo-o através de uma Convenção. Ratificado este instrumento de direitos humanos e o seu Protocolo Opcional, impõe-se que o passo seguinte, o da sua implementação e monitorização, seja um processo colectivo, em que intervenham o Estado e as organizações da sociedade civil. Para tanto, é essencial que no processo de implementação e monitorização as ONG tenham a preocupação de incorporar nas suas áreas de actividade as questões relativas aos direitos das pessoas com deficiência, uma condição indispensável para assegurar o desenvolvimento social, económico e ambiental com todos e para todos.
É esta perspectiva que a Associação Portuguesa de Deficientes gostaria de ver debatida nesta Conferência e, através da troca de ideias e conhecimentos, ajudar a construir uma rede de interesses e sinergias vocacionadas para o objectivo comum de assegurar que as pessoas com deficiência vejam reconhecidos e assegurados os seus direitos civis, culturais, económicos e sociais.

quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

Lamento

Lamento pela vida da jovem chefe da polícia de um perigosíssimo município mexicano. Lembro-me há algumas semanas de ler a sua entrada, como primeira mulher, para este posto, mas agora terminou tudo. Pode ler-se aqui.