sábado, 28 de maio de 2011

A história de "Mein Kampf"

Aqui fica a sugestão para a leitura deste post no blogue O Diplomata sobre um livro que se debruça sobre a hostória do livro de Hitler "Mein Kampf". 

sexta-feira, 27 de maio de 2011

Emprego II


aros amigos e colegas,

Fundação Evangelização e Culturas (FEC) convida à apresentação de candidaturas para provimento de seis vagas para o programa da FEC na Guiné Bissau 2011/2012:

Coordenador(a) de Programa da FEC na Guiné-Bissau (ver Termo de Referência) com formação superior em Gestão, Economia, Ciências Sociais e Humanas ou experiência comprovada em funções similares.

Coordenador(a) para a área da Educação (ver Termo de Referência) com formação superior ou pós-graduada na área da educação/formação de adultos, preferencialmente em língua portuguesa.

Coordenador(a) de Comunicação (ver Termo de Referência) com experiência relevante de trabalho na rádio e em Países em Vias de Desenvolvimento, em especial em Países Africanos Lusófonos.

Ponto Focal para Gestão e Administração Escolar (ver Termo de Referência) com formação e experiência de trabalho no sector da educação e da formação.

- Supervisor(a) Pedagógico(a) Regional (ver Termo de Referência) com formação superior ou pós-graduada na área da educação/formação de adultos, preferencialmente em língua portuguesa.

Técnico de Diagnóstico e Avaliação (ver Termo de Referência) com formação na área das ciências sociais ou gestão e experiência em gestão e avaliação de projectos.

Por favor, enviar respostas e Curriculum Vitae para etelvina.cardeira@fecongd.orgaté ao dia 17 de Junho, indicando a posição para que se candidata no assunto do e-mail. O CV deverá ser acompanhado de uma carta de motivação e da indicação de duas pessoas de referência e o seu contacto. Em caso de dúvida contactar Etelvina Cardeira em 21 886 17 10.

Emprego

O Banco Espírito Santo Angola procura para reforçar a sua equipa:

FORMAÇÃO ACADÉMICA:
Formação em Marketing/Relações Internacionais/Comunicação Social/Jornalismo (Licenciatura ou bacharelato)

EXPERIÊNCIA:
1 a 3 anos

CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS:
Boa Capacidade de Comunicação
Domínio do Português a nível oral e escrito
Conhecimentos de Inglês
Conhecimentos de Informática
Sensibilidades para as áreas sociais e de Sustentabilidade

TAREFAS A EXECUTAR:
Contactos com a comunicação social
Contactos com os ministérios, secretarias de estado, órgãos do governo
Dinamização de campanhas e de projectos na área da sustentabilidade

Perfil:
É fundamental que o candidato seja pró-activo, dinâmico, boa capacidade de comunicação e de interacção com pessoas.
Aceitamos apenas candidatos de nacionalidade angolana.

Candidaturas com cv e fotocópia do bilhete de identidade para o email:
recrutamento@angola.bes.pt (att: Yona Santos) com a referência DMARKT

Respostas até ao dia 10 de Junho

quarta-feira, 25 de maio de 2011

Israel, Palestina, UE e EUA

Quatro lados da barricada e quase todos de costas voltadas uns contra os outros: pois a situação israelo-palestiniana não está fácil, nada fácil.

Primeiro, Obama afirmou num discurso que apoiava as negociações com base nas fronteiras de 1967. Netanyahu respondeu que tais fronteiras são "indefensíveis" e traçou o que, para ele, seria uma situação justa: Jerusalém não partilhada, uma fronteira diferente da de 1967, proibição do regresso de refugiados palestinianos, etc. Ora, não é difícil antever uma certa tensão entre americanos e israelitas, pois as duas intenções colidem de forma bastante perceptível. 

A novidade, para mim, foi esta notícia, na qual se pode ler que Catherine Ashton se opôs a Israel e aos próprios Estados Unidos, mostrando-se receptiva a trabalhar com o governo de unidade palestiniano, que tem, por sua vez, um pacto com o Hamas.

O que já não é tão novidade é a acusação dos israelitas face a esta posição da política externa da UE: é anti-semitismo, naturalmente - que mais poderiam dizer os israelitas? 

terça-feira, 24 de maio de 2011

Ciências Sociais

Descobri este texto aqui, no Observatório Político da UNL, e reproduzo-o abaixo por considerar esta uma discussão importantíssima nos dias que correm:

"Mais Engenheiros e menos Doutores

Há dias, sentado a uma mesa de reunião, uma das intervenientes interrompe um raciocínio para pedir que a oradora “traduzisse” o seu discurso para linguagem de engenheiro. A senhora era engenheira, de facto. Todos os outros, com um ar comprometido sorriram, não tanto por simpatia ou anuimento ao pedido, mas mais por vergonha. O discurso foi adaptado mas nem por isso resultou numa reunião mais curta ou mais inteligível, para mim pelo menos. Decerto tornou-se mais pobre.

“Ávidas de bons desempenhos económicos, as nações e os respectivos sistemas educativos desprezam as competências indispensáveis à sobrevivência dos regimes políticos liberais” afirma Martha Nussbaum da University of Chicago.

Serve este intróito para remeter para o excelente trabalho feito por Alexandra Prado Coelho na Pública de ontem (8 de Maio), onde se argumenta que as elites já não querem estudar Letras ou Ciências Sociais. Os cursos destas áreas científicas são hoje considerados uma hipoteca sem qualquer espécie de retorno do investimento feito. Estudar Sociologia, Antropologia, História ou Filosofia é sinónimo de duas coisas: primeiro de desemprego; segundo que estes estudantes não são fruto da elite.

As elites forçam que as escolhas dos seus filhos recaiam sobre áreas Tecnológicas (Engenharias) ou Económicas e de Gestão. As elites forçam hoje em dia a criação de uma sociedade formatada e robótica, preparada para decidir “by the book” e sem pensar. A própria noção de que Direito era a saída para os homens de Estado, imprescindíveis num Estado de Leis e Regulamentos “à la carte”, hoje parece estar absolutamente diluída. Os homens do Direito hoje são Engenheiros e Economistas – aos advogados são depois pagos pareceres que clarifiquem as ideias destes outros que, por formação, não estão habilitados a decidir olhando a realidade social.

Perdeu-se a noção da imprescindibilidade do conhecimento histórico dos Estados e das Sociedades. Decidir o futuro de um Estado pode ser, hoje em dia, tarefa de uma equipa que, fechada num gabinete, se limita a apreciar números e tendências.

Argumenta-se neste trabalho do Público que uma formação de base em Ciências Sociais conjugada com uma formação adicional aplicada ao contexto de mercado é a solução de sucesso que urge. Oxford, diz-se no mesmo artigo, emprega todos os seus alunos de História e Filosofia na banca e nas empresas. Isto porque nos cursos de Ciências Sociais são dadas ferramentas de trabalho que não são senão conceitos básicos e operatórios de apoio à decisão. Ensina-se a pensar. Dão-se a conhecer as grandes decisões históricas do passado, mas também aquelas que resultaram em erros colossais.

As Letras e as Ciências Sociais estão hoje arredadas das cúpulas do poder e da decisão. Somos, enfim, chegados a um estado numérico que se torna necessariamente iletrado.

Rui Estevão Alexandre
in Sábado"

segunda-feira, 23 de maio de 2011

A minha força - change the world!

No outro post, falava da força de Portugal, capaz de estragar negociações para a formação de governo na Finlândia.

Hoje, quero dar publicamente conta da minha força para mudar o mundo!

Pois, como saberão, o Uganda queria mudar a lei relativa à punição da homossexualidade de 14 anos de prisão para a pena de morte. Eu achei um disparate, para ser cortês, e assinei a petição com grande entusiasmo. Uns dias depois, leio esta notícia do Público que começa precisamente assim:

"A pressão da comunidade internacional e as assinaturas de petições online para forçar o Parlamento ugandês a abandonar o projecto-lei que previa, entre outras medidas, a pena de morte para os homossexuais, parece ter surtido efeito."

Digam lá que isto não é conseguir mudar o mundo!

(Até me lembrei desta música e tudo...)

(Já agora que estamos a falar disto, deixo a ligação para esta notícia infeliz do Irão.Olho por olho, literalmente. Uns minutos mais tarde. Ou esta outra: deveríamos criar mais uma petição pela dignidade destas mulheres.)

sábado, 21 de maio de 2011

A força de Portugal

Apesar de se contar que a Finlândia fosse governada por uma coligação que incluía os Verdadeiros Finlandeses, partido de extrema-direita daquele país, li no Público que, por causa da divergência relativamente ao apoio financeiro a Portugal, aquele partido retirou-se das negociações para formar governo. Duplamente satisfeito: primeiro, porque viabiliza o apoio; segundo, porque o dito partido já não estará no governo. 

sexta-feira, 20 de maio de 2011

Emprego

A Weber Shandwick | D&E, uma das maiores Consultoras em Comunicação presentes em Portugal pretende recrutar recém-licenciados/ Mestrandos/ Pós-Graduandos nas áreas de Ciência Política e Relações Internacionais, com disponibilidade imediata para realização de estágio de 6 meses, a tempo inteiro, em Lisboa, sem remuneração e com ajudas de custo.
Perfil
– Licenciatura em Relações Internacionais e Ciência Política;
– Boa capacidade de comunicação e de argumentação;
– Boa capacidade de planeamento, responsabilidade, proactividade, criatividade e autonomia;
– Bons conhecimentos de inglês e de informática na óptica do utilizador;
– Espírito de organização e métodos;
– Excelente cultura geral.
Funções
– Organizar e transmitir informação para públicos institucionais
– Efectuar o follow-up dos contactos estabelecidos.
– Monitorização de políticas europeias e nacionais;
– Elaboração de Stakeholders Maps
Empresa: Weber Shandwick | D&E
Local: Olaias, Lisboa
Tipo: Full-time;


Ver oferta de emprego em http://www.cargadetrabalhos.net/2011/05/19/estagio-curricular-na-area-de-relacoes-institucionais-e-governamentais/#ixzz1MvcszmED
cargadetrabalhos.net | emprego na área da comunicação 

Summer Course: EU and the World

Via Europeanization of Turkey

How powerful an actor in international politics is the EU? How effective and coherent it is (or it can be)? What difference has the Lisbon Treaty made? What can we expect from the creation of the External Action Service?


LSE SUMMER SCHOOL: THE EUROPEAN UNION AND THE WORLD (IR270)

London, 4th July - 22nd of July 2011, LSE

The topics covered include:
* Introduction to the EU's political system, including the institutions and rules of policy-making

* The external economic relations of the EU, including its trade and investment, financial regulation and aid policies

* The development of the institutions of EU foreign policy-making, from European Political Cooperation in the 1970s to the Common Foreign, Security and Defence Policy after the implementation of the Lisbon Treaty

* The intersection between foreign policy and policies on the environment, terrorism and migration

* Enlargement and EU foreign policy

* The evolving role of the EU as an international actor after the implementation of the Lisbon Treaty: the challenge of the EEAS

The course will be taught by Dr Federica Bicchi, Dr Spyros Economides, Dr Ulrich Sedelmeier, Prof Karen E Smith; Dr Eiko Thielemann; Dr Stephen Woolcock

For more information:

http://www2.lse.ac.uk/study/summerSchools/summerSchool/courses/internationalRelationsGovernmentAndSociety/IR270.aspx

**Early application fee closes on 27 May!!!**

quinta-feira, 19 de maio de 2011

Os militares na Turquia

Estou a escrever um artigo sobre o papel dos militares na democracia turca e tenho um dilema para resolver. Quanto mais leio e quanto mais escrevo, mais confuso fico e com mais perguntas e menos respostas. E pensei por tantas vezes estar já decidido...


Os militares são muito respeitados na Turquia - ao ponto da população confiar mais nas Forças Armadas (FA) do que nos próprios políticos ou instituições políticas democráticas do seu país. Foi das FA que surgiu Atatürk, um dos responsáveis pela secularização do país e pelo estabelecimento da República e da "democracia", ainda muito embrional, mas que entretanto foi melhorando. As FA intervieram várias vezes desde 1923, retirando o poder às forças civis, com o objectivo de retomar a ordem e impedir o ressurgimento do Islão político, entregando novamente o poder quando assim o entendiam. Nesta perspectiva, "ajudaram" a democracia que por vezes não estava no seu melhor desempenho. Por outro lado, conseguiu sempre manter o secularismo do país (segundo muitos, os únicos a conseguir evitar o tal ressurgimento islâmico), constribuindo para uma sociedade islâmica na sua esmagadora maioria, mas moderada e constitucionalmente laica. Os militares turcos consideram-se os guardiães da Constituição e dos princípios kemalistas, nomeadamente do pendor europeísta do país, assim como da sua natureza democrática e laica, nomeadamente.

No entanto, essas intervenções que ocorreram desde a década de 60 com uma periodicidade quase a cada dez anos, podem igualmente ser vistas como um entrave ao livre desenvolvimento da democracia, sendo que a população esperava sempre que esta instituição fosse colmatar ou corrigir as falhas do sistema democrático. Com a aproximação a UE, a influência das FA turcas tem vindo a diminuir, no sentido do respeito pelo Estado de direito e outros princípios democráticos. 

Agora, a minha questão: afinal os militares contribuiram para a consolidação democrática turca ou não? 

A minha resposta? Como disse, ainda não a encontrei e tal está a atrasar o artigo, mas aponto para que as FA tenham sido um importante elemento para o estabelecimento da democracia no país, com algum relevo na sua consolidação, mas que o seu papel actualmente tem que ser muito limitado, caso não queiram deteriorar a democracia turca e a sua aproximação à Europa, como defendem. Não obstante, e se o Islão se aproveita desse afastamento dos militares e deteriora ele próprio essa mesma democracia? Há quem diga que Erdogan tem uma agenda política escondida que passa pelo reforço do carácter religioso do país... E esta, hem?

(Bem, já escrevi este post há uns dias e penso já ter-me decidido...)

quarta-feira, 18 de maio de 2011

A Croácia com os pés na Europa

No outro dia, o EUobserver relatava os progressos da Croácia, cada vez mais próxima da adesão à União Europeia, enquanto que a Turquia continua lá estagnada - e nem eu sei bem por culpa de quem.

Uma das minhas últimas investigações sobre a Turquia, que podem consultar aqui, levou-me a concluir que o alargamento de 2007 à Bulgária e à Roménia tiveram efeitos negativos no empenho turco no seu processo democrático, uma das vertentes de aproximação à Europa e das condições para a sua adesão - pelo menos segundo o discurso da UE.

Ora, vendo assim esta aproximação da Croácia, este discurso de "temos que recompensar os esforços" e o banho-maria em que continua a encontrar-se a Turquia em termos de aproximação à UE, começo a ficar preocupado com o desfecho disto tudo.

terça-feira, 17 de maio de 2011

Portugal pelo mundo

Tema em voga na Europa, mas pelos vistos não só, o pedido de ajuda externa de Portugal tem feito correr muita tinta. Deixo aqui alguns excertos de um artigo do NY Times sobre a situação, numa perspectiva pouco disseminada.

"The crisis that began with the bailouts of Greece and Ireland last year has taken an ugly turn. However, this third national request for a bailout is not really about debt. Portugal had strong economic performance in the 1990s and was managing its recovery from the global recession better than several other countries in Europe, but it has come under unfair and arbitrary pressure from bond traders, speculators and credit rating analysts who, for short-sighted or ideological reasons, have now managed to drive out one democratically elected administration and potentially tie the hands of the next one.
If left unregulated, these market forces threaten to eclipse the capacity of democratic governments — perhaps even America’s — to make their own choices about taxes and spending."

"Why, then, has Portugal’s debt been downgraded and its economy pushed to the brink? There are two possible explanations. One is ideological skepticism of Portugal’s mixed-economy model, with its publicly supported loans to small businesses, alongside a few big state-owned companies and a robust welfare state. Market fundamentalists detest the Keynesian-style interventions in areas from Portugal’s housing policy — which averted a bubble and preserved the availability of low-cost urban rentals — to its income assistance for the poor.
A lack of historical perspective is another explanation."

segunda-feira, 16 de maio de 2011

Pacifismo

Marchas pacíficas ocorreram um pouco por todo o instável Médio Oriente, carente de pacifismo e tranquilidade para aqueles tão fustigados povos. Mereciam já poder estabilizar as suas vidas e usufrir das riquezas dos seus países, com uma corrupção controlada e o respeitos pelos seus direitos.

Oman, Iémen, Jordânia e Egipto são os países que entraram nesta manifestação, segundo a mesma notícia do NY Times.

Paz para o Médio Oriente. 

domingo, 15 de maio de 2011

Espera lá... Democracia?

Espera lá,

mas isto não é o que costumam fazer aqueles países em África e na América Latina? A Hungria não pertencia à União Europeia? Parece que me lembro de ouvir falar na adesão à UE; ou estarei enganado? Talvez a questão democrática não seja assim tão importante. Mas também não é isso que não deixa a Turquia entrar?

Já não percebo nada....



E os italianos que já estão a cansar-se da novela (tipicamente mexicana) de Berlusconi. Custou, irra!




E para terminar este quadro, já só falta esta ridícula senhora americana republicana que se lembrou de dar nas vistas...



(Desculpem lá, mas hoje estou muito cáustico!)

sábado, 14 de maio de 2011

2011 Barcelona Summer School

2011 Barcelona Summer School in International Politics

BARCELONA SUMMER SCHOOL IN INTERNATIONAL POLITICS 2011 - www.ibei.org
* Governing Democracies in an Globalized World (Prof. Carles Boix, Princeton University-IBEI) – June 27/July 1
* New Frontiers in International Political Economy (Prof. Shanker Satyanath, New York University) – June 27/July 1
* In Search of Europe’s Demos (Prof. Juan Díez-Medrano, Universitat de Barcelona-IBEI) - June 27/July 1
* Is Multilateralism Democratically Legitimate? The European Union and Beyond (Prof. Andrew Moravcsik, Princeton University) - July 4/8
* The Turn in American Foreign Policy: 2001-2011 (Prof. Anne-Marie Slaughter, Princeton University) - July 4/8
IBEI SUMMER SCHOOL OF THE MEDITERRANEAN 2011 - www.ibei.org
* Armed Islamist Movements: Jihadism and Beyond (Dr. Omar Ashour, University of Exeter) - July 11/15
* Middle East Armies: Political, Social, and Economic Roles and Impacts (Prof. Yezid Sayigh, King’s College London) – July 11/15
* Limits of International Interventions and the Role of the EU (Besa Shahini, Freelance Policy Analyst) - July 11/15
* The Economics of Euro-Mediterranean Integration (Prof. Alfred Tovias, Hebrew University Jerusalem) - July 11/15
* The Mediterranean as a Geopolitical Unit (Prof. Pere Vilanova, Universitat de Barcelona; Dr. Eduard Soler i Lecha, CIDOB) - July 11/15
Further info about schedule, courses, reading list, registration form at www.ibei.org (summer school section)

Evento - A parceria Japão-UE e os desafios de segurança na Ásia

Evento - O Islão Político

Evento - Afeganistão e Iraque: o que mudou com o 11 de Setembro


Afeganistão e Iraque: o que mudou com o 11 de Setembro
O presente e o futuro do Afeganistão e do Iraque e o seu protagonismo na política internacional é um dos temas que marca a agenda da ordem e estabilidade política mundiais. As mudanças e implicações na governação destes países vão estar em debate no dia 19 de Maio, na conferência “11 de Setembro: o Afeganistão e o Iraque”, que tem lugar às 18 horas, no Grémio Literário, em Lisboa.
A terceira conferência do ciclo organizado pela FLAD, e que assinala os 10 anos sobre o atentado, conta com a presença do generalLoureiro dos Santos, e de Carlos Gaspar, do Instituto Português de Relações Internacionais (IPRI), cuja intervenção será centrada no papel desempenhado por estes dois países antes e depois do 11 de Setembro.
François Lafond, director do German Marshall Fund para a Europa – uma das mais influentes instituições independentes na área da política externa –, é outro dos oradores do encontro, que fará uma análise sobre a forma como os EUA justificaram a sua estratégia militar e a invasão do Afeganistão e do Iraque.
Rui Machete, ex-presidente da FLAD, presidirá à sessão, e Rui Vallera, subdirector da Fundação será o moderador do debate.
A sessão é de entrada livre.

Evento

segunda-feira, 9 de maio de 2011

Extrema-direita

Este tema é recorrente aqui no blogue, mas a culpa não é minha; as notícias é que me provocam a ira.

Sou aberta e declaradamente contra qualquer tipo de extremismos, como se sabe - já estou à espera de certas críticas de cenzentismo, mas, ainda assim, ficam aqui um par de notícias relacionadas com este assunto.

A primeira e já menos recente é a das eleições na Finlândia, onde os "Verdadeiros Finladeses" (é sempre cada nome que os partidos extremistas têm...) ocupam agora 39 dos 200 lugares, bastante próximos dos 44 dos vencedores da eleições. O fenómeno é comum e já falei dele em vários posts deste blogue, nomeadamente aqui , aquiaqui ou aqui

Na Hungria, uma comunidade cigana teve que fugir a uma milícia de extrema-direita que organizou campos de treino perto de onde ela estava instalada. 

Por isso, só me resta remeter para essas ligações e para estes resultados, suspirando até conseguir perceber o que vêem os eleitores em soluções que já trouxeram tanto sofrimento ao mundo...

domingo, 8 de maio de 2011

A (radio)actividade do Japão II

Com as consequências da destruição parcial da central atómica de Fukushima ainda bem presentes nas suas vidas e de forma muito tangível, os japoneses disseram adeus ao nuclear.
Mas não disseram só adeus - pediram que se aposte mais em energias renováveis. A consciência dos perigos da energia nuclear tornou-se mais activa com estes acontecimentos e espero que não desvaneça, assim como surja e seja discutida por todo o mundo. É necessário que estes assuntos sejam debatidos e reflectidos, uma vez que diminuir a dependência energética, por exemplo da Europa face ao Médio Oriente ou à Rússia, e diminuir os impactos nefastos das não-renováveis no ambiente são duas vantagens com grande peso e, para mim, grande viabilidade, pelo que conheço, económica, política e ambiental.

sábado, 7 de maio de 2011

A (radio)actividade do Japão

O terramoto que afectou o Japão no passado mês de Março causou uma série de mortos, desalojados, de destruição e sofrimento por todo o país, que reagiu com a típica postura japonesa de resignação.


Esse desastre natural provocou uma queda na previsão do crescimento do país para cerca de metade, segundo a OCDE, recusando falar em recessão - o crescimento agora previsto é de 0,8%. Três situações se destacam, como pode ser lido aqui, que dificultam a recuperação do país:


"construção das zonas devastadas no Norte do país, retoma das ligações eléctricas destruídas pelo terramoto e o tsunami, e reanimar o turismo (que teve uma queda a pique, a maior dos últimos 50 anos)."

Para mim, o Japão vai criar mais uma página da História, desta vez com o título de "Segundo Milagre Japonês".

sexta-feira, 6 de maio de 2011

Saberão os finlandeses disto tudo?

Não me parece que os finlandeses saibam disto tudo; pelo menos eu não sabia! Mas vale a pena ver até ao fim este clip que eu roubei daqui. Mas que bela mensagem!

terça-feira, 3 de maio de 2011

A morte de Osama bin Laden II

Ora bem, voltando ao assunto de ontem com uma perspectiva internacionalista, não quero repetir o que já foi lido imensas vezes, mas lançar uma série de comentários que me parecem apropriados.

Em primeiro lugar, a grande questão prende-se com as relações Paquistão-EUA: afinal, o que os Estados Unidos fizeram foi uma clara ingerência em território paquistanês e, sem as autoridades daquele país saberem, invadirem uma casa e matarem alguns homens. Até que ponto o Paquistão estará disposto a passar por cima disso?

Por outro lado, afinal como é possível que tantos serviços de inteligência estivessem no encalço de Bin Laden e só dez anos depois o tenha descoberto precisamente numa mansão (quem não o imaginava num Bunker tipo Hitler, debaixo de terra, com um batalhão de homens armados ao seu redor?) a alguns quilómetros de uma base militar paquistanesa e a pouca distância da capital do país? Falhas? Jogos diplomáticos? Cooperação paquistanesa? Mentira americana? Mataram Bin Laden e mais duas ou três pessoas apenas? Não havia homens armados prontos a proteger o líder da organização? Neste momento, não consigo responder; e duvido que o possa fazer nos próximos tempos.

Os russos, muito afeiçoados a teorias da conspiração contra os americanos,  dizem que as fotografias e o Photoshop, o corpo atirado ao mar e coisas afins não passam de uma encenação americana; mais uma vez, lançam as dúvidas ao ar para minar a confiança em Washington e nós ficaremos com elas. Mas, de facto, fazer uma cerimónia fúnebre dentro de um avião e atirar o corpo ao mar soa-me de forma tão estranha que a minha mente se torna incapaz de fazer qualquer análise objectiva e ponderada sobre a questão.

Regressando a assuntos sérios, para além do futuro das relações com o Paquistão, o futuro da própria Al-Qaeda está em cima da mesa – não sou especialista em terrorismo e deixo o assunto a quem dele percebe verdadeiramente (e vários teóricos debruçam-se sobre ele aqui), mas aquilo que sei é suficiente para afirmar que a morte de um líder emblemático de uma organização transnacional terrorista, o seu fundador e desde sempre líder, não traz necessariamente um arrefecimento na actuação dessa mesma organização; muito pelo contrário, as bases, inflamadas pelo ataque do inimigo, do infiel, poderão muito facilmente reatar as suas paixões mais anti-ocidentais e envolver-se activamente em ataques de variada natureza. Para mim, a morte de Bin Laden foi o acender de um rastilho e não, como muitos afirmam, suficiente para trazer mais segurança ao mundo.

Não podemos igualmente esquecer-nos que os terroristas vivem da mediatização; da transmissão ao mundo do sofrimento que causam em nome de um ideal – e essa mediatização está agora a ser-lhe dada e continuará nos próximos dias; a causa islâmica fundamentalista está no foco das atenções, como tanto gosta e de que tanto precisa.

Para terminar, deixo aqui algumas questões para reflexão: será este o momento dos islâmicos mostrarem ao mundo como não têm nada a ver com organizações como a Al-Qaeda? Distanciar-se das acções deste grupo terrorista que tantos muçulmanos matou e que, segundo muitos estudiosos do Corão, interpretam erroneamente o seu conteúdo?

Considero este excerto do Público especialmente importante:

“O homem que ajudou Osama bin Laden e Ayman al-Zawahiri a criar a Al-Qaeda e se tornou no primeiro teórico da guerra santa disse, num novo manifesto, que “é proibido cometer actos de agressão, mesmo que os inimigos do islão o façam”. A revisão da sua doutrina criou ondas de choque dentro e fora do movimento islamista. 

Uns avaliaram que a organização ficou ferida de morte, porque foi abandonada pelo guru que legitimava o terrorismo. Outros desvalorizaram a influência de um veterano jihadista sobre uma nova geração da Internet que talvez nunca tenha ouvido falar nele. Outros ainda distinguiram entre uma crítica à estratégia e o (não) abandono dos objectivos finais.

A “deserção” do Dr Fadl tornou-se conhecida, em Maio de 2007, quando fez chegar um fax ao jornal árabe Asharq al-Awsat exortando a que as operações da jihad fossem levadas a cabo segundo a Sharia (lei islâmica). E a Sharia, assegura este cirurgião de 58 anos, não aprova o assassínio de civis e de estrangeiros, o uso de escudos humanos (raptos), o roubo e destruição de propriedades. Estes crimes são contraproducentes e devem cessar, sentenciou, citando o Corão: “Combatam pela causa de Deus os que vos combatem, mas não ultrapassem os limites, porque Deus não ama os transgressores”.


A minha última referência vai agora no sentido desta ligação que contém algumas afirmações atribuídas a Bin Laden, que provam tão simplesmente que este homem (e outros que o seguem) era um mentecapto.

segunda-feira, 2 de maio de 2011

A morte de Osama bin Laden

A morte de Osama bin Laden foi anunciada esta madrugada pelo Presidente dos Estados Unidos. Não posso dizer nada que ainda não tenha sido dito; posso apenas reforçar aquilo que me parece ser importante numa altura destas e, principalmente, sobre a perspectiva das Relações Internacionais.

Em primeiro lugar, penso que não seja bom exultar a morte de um ser humano seja ele qual for.

Merkel festejou.
A UE festejou.
Portugal idem.
Praticamente toda a gente


 Que a sua morte possa ter sido percepcionada como um alívio ou um sentimento de justiça por aqueles que sentiram de perto o sofrimento e a morte de milhares de pessoas em atentados que o senhor tenha planeado, compreendo perfeitamente. No entanto, o problema do fundamentalismo e do terrorismo, da violência e do terror gratuitos, do prazer em causar dor e sentimento de perda tem que ser analisado com uma serenidade que um momento como este não dá. As razões que subjazem à existência de movimentos deste género e a melhor forma de preveni-los devem, na minha perspectiva, conduzir todos aqueles com responsabilidades, quer seja a Academia quer os líderes políticos. Para mim, e ainda antes de avaliar o lado internacionalista da questão, a celebração de qualquer morte não faz sentido; assim como não faz a pena de morte ou outras coisas semelhantes – apesar de compreender, como já disse, que este sentimento de vingança possa existir naqueles que sofreram. Ainda assim, como assunto de estado, não houve justiça. Houve uma morte em resposta a outras mortes, elas próprias criticadas. Não aponto o dedo à administração Obama que cumpriu uma das estratégias mais desejadas por todos, mas celebrar um morte continua a ser muito difícil de digerir para mim.

(Amanhã o resto do post, a tal versão mais internacionalista. Agora foi só um desabafo.)

E a guerra continua

A decisão da NATO em enviar para a Líbia forças militares para apoiarem os rebeldes que tentam demover Khadafi do poder originou reacções muito diversas. No entanto, contava-se que, apesar das críticas, essa presença fosse uma ajuda valiosa para aqueles que faziam a luta com os escassos recursos que possuíam. Tal demorou a verificar-se e só muito tempo depois da entrada da NATO no país (e algumas asneiras depois) é que as forças aliadas têm investido mais na "acção", como podemos ler aqui ou aqui.

Agora que a guerra começa a tornar-se ainda mais dura e cruel, como todas as guerras conseguem ser, a reacção execrável de Khadafi é armar os civis para retaliaram as investidas daquela organização militar. Até quando continuaremos a assistir a uma espectáculo triste como este? Porque apoiam tacitamente os países ocidentais estes ditadores, ignorando qualquer valor ou ética que essa acção possa ter? Quantas vidas têm custado e custarão esses negócios da China e essas ligações amigáveis com déspotas que lhes pouparam uns quantos euros no orçamento?

domingo, 1 de maio de 2011

Síria, mais uma a caminho

Pois e na Síria continuam as manifestações, os ataques e as mortes, o sofrimento e a luta. O Médio Oriente está em ebulição e ninguém consegue prever como e quando tudo isto vai acabar. A luta pela liberdade e pela democracia parece ser o denominador comum a todos os casos deste género - Tunísia, Egipto, Líbia, Síria, Iémen, Jordânia,...

Os líderes despóticos destes países, neste caso o líder sírio, Bashar al-Assad, estão colados ao poder, envolvidos na corrupção e no autoritarismo arbitrário destes países. A população não está, natural e compreensivelmente, satisfeita e, tal como o dominó de que falava há umas semanas aqui no blogue, os exemplos dos vizinhos têm dado força para iniciar essa batalha contra aqueles que recusam aos cidadãos os direitos que estes têm e a possibilidade de uma vida mais próspera que se desenha no horizonte.

Mas isto em um preço: na Síria, as manifestações têm sido dispersadas com violência e sem escrúpulos (pelos vistos com a ajuda do Irão), custando a muitos a sua vida e a outros tantos a dor da perda. No entanto, no futuro, os filhos desta revolução estarão agradecidos e prestarão homenagem àqueles que lhes permitiram uma vida mais digna.