Democracy, again... II

Ontem, falei aqui da democracia na Turquia e hoje comento brevemente a exigência do governo da Birmânia que quer Suu Kyi fora da vida política. Não vale a pena perguntar sobre os motivos deste interesse, mas a verdade é que aquele movimento anterior de libertação desta activista birmanesa que contentou muita gente foi em vão depois desta intenção da Junta Militar, que parece determinada em adiar o mais possível o estabelecimento da democracia no país. Conheço pouco da realidade asiática, mas dá para perceber que, apesar de tudo, são mais pacientes que os do Médio Oriente.

Democracy, again...

"Democracia" é uma palavra com a qual lido diariamente; suspeito, até, que será, juntamente com "Turquia" e com "União Europeia" das que mais usarei (em termos académicos, evidentemente).

Pois hoje trago uma referência também ela ligada à questão da democracia: a primeira trata-se da recusa de deputados turcos eleitos em fazer o juramento necessário antes do início da nova legislatura. Apesar de soar a algo pouco democrático (afinal não era esta o país que inspirava os vizinhos do Médio Oriente?), a realidade é que estes eleitos pelo partido secular de esquerda, Partido Republicano do Povo, manifestaram-se desta forma bastante democrática contra as detenções de outros deputados eleitos, acusados de associção ao terrorismo, propaganda terrorista, participação na planificação de um golpe de estado e outras coisas afins. Sem conseguir aferir da veracidade ou justiça destas acusações, o que é certo é que soa a algo bastante estranho a uma democracia com qualidade, para além de fazer jus à fama deste governo, conhecido por gostar de limitar um bocadinho os seus opositores com meios não muito democráticos. O que me satisfaz é que haja políticos conscientes desta eventual realidade e que estes manifestaram o seu descontentamento sem responder na mesma moeda.

É por isto.

São notícias como esta que me deixam furioso e me fazem lutar por um mundo melhor. Isto não é justo.

Será que Obama encontrou opositor?

A dúvida paira por todo o mundo: será que Obama finalmente encontrou um adversário à sua altura?

Jon Huntsman é o moderado que poderá alienar alguns dos indecisos e dos desiludidos com Obama. Mas, melhor do que eu para falar do assunto, pode ler-se esta notícia do Público ou estes posts no Era Uma Vez na América ou no Casa Branca.

E eis que a paciência se esgotou...

E eis que se confirmou aquilo que eu já andava a avisar há muito tempo, incluindo aqui no blogue. Reparem nesta notícia do EUobserver e logo na primeira frase:

"Flush with post-election self-confidence, the Turkish administration has said it will no longer take EU recommendations into account in its internal reforms."

É mais do que claro que a Turquia começa a afastar-se da UE, a perder o entusiasmo que mostraram ao longo de décadas de aproximação à Europa. Deixa-me mais descansado que Erdogan continue a querer consolidar a sua democracia, mas afirma que o fará sem ter tanto em conta as indicações da UE; será uma consolidação à moda turca, com prazos turcos, com percepções turcas e não impostas pela cultura europeia ocidental. 

Chego a três conclusões:

1. A paciência turca esgotou-se com os joguinhos diplomáticos e políticos da UE - acabou-se o "Carrot and stick";

2. A democratização da Turquia vai continuar, mas com parâmetros turcos e a agenda do AKP (is there an hidden agenda? Para esta ainda não tenho resposta.)

3. A conclusão da minha tese, intitulada "A política de condicionalidade da União Europeia: influência na democratização da Turquia", vai ser bastante diferente depois destas eleições na Turquia.

Emprego

Events Coordinator – IBP

  
The International Budget Partnership (IBP) is based at the Center on Budget and Policy Priorities in Washington, DC.  The IBP provides a range of services to help non-profit organizations in developing and transition countries to analyze and influence public budgets.  The IBP is seeking an Events Coordinator (exempt post) to join the administrative team that supports and assists all IBP programs.  The Events Coordinator will report to the Director of Operations.  
  
Responsibilities: 
·         Lead in organizing of logistical and administrative arrangements for international and occasional domestic meetings, trainings, and workshops organized by IBP.  This includes travel, visa, and transportation arrangements for participants; hotel accommodations for participants and staff; interpretation; venue, equipment and meals and refreshments for the duration of the meeting, training and/or workshop. 
·         Negotiate with vendors and service providers to supply key services associated with participant travel, accommodations, and all logistical requirements for international meetings, trainings and workshops.  
·         Draft contracts for all vendors and service providers that clearly detail what services are to be provided, where, at what costs, and payment schedules. 
·         Manage and maintain electronic and paper archives of contracts relating to vendors and service providers for the various international meetings, trainings and conferences that IBP organizes. 
·         Ensure payments to all vendors and service providers are made as contracted. 
·         Prepare cost estimates for events being considered, as may be requested. 
·         Reconcile the monthly payments to the Business Travel Account within deadlines specified. 
·         Develop a database for information on vendors and service providers. 
·         Contribute to and manage database for vendors and service providers with the IBP constituent relationship management (CRM) database (now under construction). 
·         Participate on a regular basis in IBP and CBPP staff meetings. 
  
Skills and requirements: 
·         At least 3 years of experience in event/meeting organizing, administration and management, including overseas meetings and/or those that have involved international participants 
·         At least 3 years of administrative experience 
·         Demonstrated ability to work closely and collaboratively with colleagues 
·         Ability to carry out multiple administrative tasks with ease and efficiency 
·         Ability to prioritize tasks according to deadlines, accomplish work on schedule, and respond quickly to changing priorities 
·         Ability to work well under pressure 
·         Detail oriented, well organized and flexible 
·         Experience working with at least one type of CRM software 
·         Undergraduate degree preferred 
·         Interest in international development is a plus 
·         Working knowledge of at least one foreign language is a plus 
  
Salary:  Commensurate with experience, excellent benefits including two health and dental insurance options, life and long term disability insurance, retirement, flexible spending accounts and generous vacation, sick leave, and holiday schedules 
  
To apply:  Send a resumé and cover letter via email to Butler-Norris@cbpp.org.  Please indicate "Event Coordinator –IBP" in the subject line of your email.  Resumés will be accepted until the position is filled.  
  
PLEASE, NO PHONE CALLS.  The Center is an Equal Opportunity Employer.  

Nova liderança

A organização transnacional terrorista Al-Qaeda já deu a conhecer o seu novo líder - antecipado por muitos, Ayman al-Zawahiri substituiu o entretanto capturado Bin Laden e prometeu, com a típica retórica terrorista, continuar a guerra santa contra os americanos.

Mais restrições diplomáticas

Em relação ao governo líbio, o cerco começa a apertar: os espanhóis já expulsaram o embaixador e o pessoal diplomático líbio em Lisboa já manifestou a sua rutura com o regime de Kadhafi. O isoalmento internacional crescente está a criar uma pressão acrescida em toda esta situação e já se fala em retirada. Neste momento, só me preocupam as mortes desnecessárias que um regime sem saída possa estar a causar.

Despesa militar

Revolta ao volante

Numa tentativa criativa de conseguir mais direitos para as mulheres, as sauditas desafiaram a lei e a autoridade ao manifestarem-se ao voltante. A intenção é acabar com a proibição que não permite às mulheres conduzirem no Arábia Saudita. 

Apesar de ser um regime bastante fechado, os movimentos sociais revolucionários que têm ocorrido pela sua vizinhança não encontraram eco na Arábia. Também por isso o rei Abdullah não queira ter-se imposto e reprimido esta iniciativa, com medo de acender um rastilho...

Evento

Eleições na Turquia II

Já são conhecidos os resultados das eleições de Domingo na Turquia. Prometo publicar algo mais reflectido daqui a uns dias. Entretanto, deixo a distribuição de assentos no Parlamento turco.

Alemanha reconhece rebeldes líbios

O governo alemão afirmou reconhecer os rebeldes líbios como os verdadeiros respresentantes da Líbia. Este é o primeiro passo não só para deslegitimar o actual governo, mas também para dar ao grupo que se opõe a Kadafi a esperança de ser efectivamente reconhecido pela comunidade internacional.

Este movimento diplomático, assim como a existência de pequenas representações em Benghazi, abre reais possibilidades para o reconhecimento de um eventual governo que surja após a destituição de Kadafi, o que pode ainda significar mais apoios para a reconstrução do país e a sua democratização.

Eleições na Turquia I

E, assim, seremos 28

Seremos 28 países membros da União Europeia já em Julho de 2013 com a entrada da Croácia no clube. 

Tanto o Público, como o NY Times e o EUobserver noticiaram anteontem a entrada deste país para a UE, mas, além desta situação ser ainda uma previsão (que certamente se confirmará), há bastantes críticas relativamente a este passo da União.

Em primeiro lugar, o facto de a UE necessitar de mais tempo para aprofundar a integração dos países que já a constituem - parece uma aposta na quantidade e não na qualidade da integração.

Em segundo lugar, há áreas bastante frágeis, nas quais o país terá que trablhar reforçadamente se quiser cumprir todos os capítulos do acervo comunitário, nomeadamente em termos de corrupção e do sistema judicial. 

Apesar de reconhecer a importância desta adesão para os restantes ex-membros da Federação jugoslava, por defeito de trabalho académico, não consigo esquecer o impacto que esta adesão terá no empenho da Turquia. Mais uma vez passada à frente nesta corrida, a sua reacção não será de resignação, mas de afastamento ao lado europeu. Foi isso que aconteceu em 2007 com a última adesão (como tentei provar aqui) e o meu palpite é que essa desmotivação seja reforçada com a esta notícia, ainda para mais havendo vozes que vêm denunciar esta entrada como precipitada pela pressão de países como a Polónia, a Alemanha, a Áustria, a República Checa, a Hungria, etc., sem ter em conta as reformas necessárias para a adesão que foram enviadas para segundo plano. 

Emprego

Empresa com sede em guimarães recruta para os seus quadros profissional para o departamento de internacionalização:

Perfil:
Licenciatura em Gestão, Contabilidade ou Relações Internacionais
Experiencia profissional minima de 3 anos em funções similares
Disponibilidade para deslocações internacionais
Experiencia como controller de gestão
Dominio de Inglês e Francês 

Resposta para recruit.rec.humanos@gmail.com

Aviso americano

Os europeus não são, por natureza e pela experiência dos últimos anos, tão bélicos como os americanos. Essa diferença sempre se notou entre os dois blocos e, como foi no caso do Iraque, criou alguma tensão nas relações transatlânticas.

Hoje podia ler-se no Público que Robert Gates, o secretário de Defesa dos EUA, afirmou que a NATO corre o risco de tornar-se irrelevante do ponto de vista militar caso os europeus continuem a não valorizar a área da defesa. As suas palavras foram bastante duras:

"o chefe do Pentágono avaliou que a NATO se tornou numa aliança “a dois níveis”, de dois tipos de países: “Daqueles que estão dispostos e são capazes de pagar o preço e carregar o fardo dos compromissos assumidos e aqueles que gozam dos benefícios de pertencerem à NATO mas não querem partilhar nem os riscos nem os custos”."

Efectivamente, o envolvimento militar da Europa deixa muito a desejar e a sua prioridade não passa por aí; como "soft power", frequentemente criticado, o velho continente não pode, no entanto, descorar-se desta vertente e deixar de assumir as suas responsabilidade no que toca à parceria com os Estados Unidos. Ainda assim, deviam continuar a pressionar Washington para não querer a todo o momento pegar nas armas e resolver tudo à sua (hard) maneira.

Evento

Terrorismo

A já longa luta contra os Taliban no Paquistão resultou em mais alguns mortos, entre os quais se encontrava o "possível sucessor de Bin Laden". Um mês depois do assassinato do querido líder deste grupo terrorista, a perda de um putativo líder terá certamente consequências fortes, pelo menos em termos psicológicos nesta guerra contra o terrorismo (encarnado na organização taliban) e será certamente mais um passo no sentido da derrota do grupo. No entanto, continuo a afirmar que o melhor para evitar o terrorismo é a proporcionar às pessoas uma vida com paz e a possibilidade da sua plena realização pessoal.

Hoje: América Latina

Guillermo Farinas, já conhecido pelas suas greves de fome, anunciou que iniciou a sua 24ª greve até que comecem a ser julgados os responsáveis pela morte de Juan Soto. Não sei até que ponto a sua exigência vai ser ouvida e quanto tempo resistirá Farinas, mas a verdade é que, de facto, este senhor não dá tréguas ao governo cubano, lutando com tenacidade por uma verdadeira democracia.

Também da América Latina vem esta reportagem publicada pelo NY Times cujo título é "Where Prisioners Can Do Anything, Except Leave". Retratando a vida numa prisão venezuelana, o autor desta reportagem descreve as condições pouco comuns deste estabelecimento prisional, onde festas, música e até "cockfighting arena" existem. 

Não podem ver nada

Pois é sabido que os portugueses não podem ver nada, porque vão logo copiar. Cá para mim, é procura de rendimentos extra.