De volta à América Latina: os ânimos andam exaltados entre a Venezuela e a Colômbia. Esta última acusa Caracas de apoiar as FARC no seu território de onde planeariam os ataques contra si, o que levou à primeira a cortar relações com ela e a decretar o alerta máximo nas fronteiras. É claro que este corte diplomático não pode ser apenas visto à luz deste último acontecimento, mas de uma sequência de eventos que foram azedando as relações entre os dois países, nomeadamente a grande proximidade colombiana dos americanos, que têm bases militares no seu solo, por exemplo. Naturalmente que Chávez tinha esta espinha atravessada na sua garganta e esta foi a última gota.
A ONU apela à resolução pacífica do diferendo, enquanto que os EUA defenderam que devem levar-se muito a sério estas acusações colombianas e que a Venezuela deve levar a cabo um inquérito. As percepções mútuas dos vários países envolvidos reflectem-se, como seria de esperar, na posição diplomática face ao problema. A queixa da Colômbia foi apresentada no TPI e aguarda-se o desenvolvimento da situação. Milhares de tropas venezuelanas estão pela fronteira, mas parece-me improvável um conflito, se bem que a retórica de Chávez aponta para uma revisão da estratégia em caso de guerra com o vizinho...
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