A Birmânia, oficialmente República da União de Myanmar, é um país que vive sob uma ditadura militar desde a década de 60, já lá vão mais de 50 anos. Apesar de em 1990 terem ocorrido eleições, os resultados esmagadores a favor do partido democrático liderado por San Suu Kyi foram anulados pelo Conselho Militar. Há uns meses, esta activista dos Direitos Humanos e lutadora pela democracia, foi novamente detida para que não tivesse hipótese de voltar a concorrer a mais umas eleições que têm tão de democráticas como o governo tem de amigável.
Comprovei ainda com mais vigor a hipocrisia vivida neste país com uma notícia do Público de há alguns dias, segundo a qual Suu Kyi será libertada imediatamente após as eleições que ocorrerão a 7 de Novembro. 15 dos 20 últimos anos da “Dama de Rangun” foram passados em detenção e a libertação certamente que a regozijará. Mas até quando ficará livre? Até quando tentará a Junta militar legitimar o seu poder com actos em que ninguém acredita já? Para quê este espectáculo deprimente de arbitrariedade e hipocrisia?
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