sexta-feira, 12 de novembro de 2010

Faz de conta na Birmânia

Falei há uns dias sobre as eleições na Birmânia e, num desabafo, critiquei a hipocrisia de todo o sistema e do sufrágio naquele país.

Pois os resultados foram entretanto conhecidos e a Junta Militar conseguiu uns surpreendentes 80%. Até aqui, nada que uns nervos já habituados a isto não suportem. O problema é que estas eleições, para além de tudo o resto, decorreram num ambiente de violência e terror, com confrontos, mortes e com 20 000 (!!!) pessoas a procurarem refúgio no país vizinho, a Tailândia. De acrescentar que a zona da Tailândia para onde 15 000 destas 20 000 pessoas em fuga está já sobrepopulada com 100 000 (!) refugiados birmaneses.

Ainda assim, contrariando todos os restantes países que criticaram este "acto eleitoral", a China elogiou o feito. Para o MNE chinês, e cito o jornal Público de dia 9: "o escrutínio de domingo, tido como uma “etapa da democracia disciplinada”, se desenrolou “sem incidentes”." 


2 comentários:

  1. Quanto mais leio sobre o assunto, mais me espanto. Estas pessoas vivem noutra dimensão, só pode!

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