Mais resultados e reflexões sobre a Cimeira:
8. A Rússia aceitou participar no escudo de defesa anti-míssil. Mais: aceitou reforçar a cooperação com a NATO no âmbito da guerra no Afeganistão. Ainda é cedo para avaliarmos qual efectivamente o envolvimento da Rússia com esta organização, mas a ideia de reset das relações regressou e, com ela, a esperança de uma maior proximidade entre os dois blocos. Estou, como de costume, optimista: as vantagens mútuas de acordos desta natureza e a pré-disposição de ambos os lados para cooperar têm sempre grandes probabilidades de sucesso; houve concessões e a parceria está lançada. Agora, é aguardar pelos resultados.
9. Em 2011 a Alemanha será o local de uma nova conferência sobre o Afeganistão.
10. O encontro bilateral EUA-UE foi mais uma prova da falta de vigor deste relacionamento. Apesar de alguns diplomatas considerarem que é no dia-a-dia que este relacionamento se vai construindo, a recusa de Obama ir a Bruxelas para este encontro e obrigar a que ocorresse em Lisboa, o envio de Biden num anterior e o cancelamento de um outro só mostra que o Presidente, que é tão popular no continente, está mais virado para o Pacífico do que para o Atlântico. Os resultados deste encontro foram escassos. E foi sintomático do que se passa entre Washington e Bruxelas. (Sobre isto, pode ler-se este comentário de Teresa de Sousa no Público)
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