terça-feira, 5 de outubro de 2010

Um mundo em mudança

Há muito se previa que isto acontecesse e em Agosto consumou-se: a China ultrapassou o Japão como segunda maior economia do mundo, ficando agora apenas abaixo dos Estados Unidos. Depois de décadas de crescimento acelerado, a China tem vindo a tornar-se num dos maiores parceiros comerciais de todo o mundo, especialmente daquela região, suplantando o Japão.

As previsões apontam agora para que este gigante substitua os Estados Unidos em 2023 como principal economia mundial. Por várias vezes reflecti sobre este acontecimento. Sou, na verdade, um pouco céptico relativamente a esse movimento – só incluo alguns dados básicos nessa reflexão e, portanto, não descarto nem ignoro essa outra possibilidade. Tento é problematizar vários dados sobre os quais os economistas parecem não debruçar-se – não é a função deles, neste caso. Várias questões gravitam em torno dessa reflexão: a formação da sociedade chinesa e o eventual aumento do custo da mão-de-obra, a religião e as oposições internas, o modelo comunista, a integridade territorial e a grande probabilidade de desagregação, a violência e os Direitos Humanos. Até que ponto a comunidade internacional aceitará esta superpotência? Até que ponto não a obstacularizará? Tornar-se-ão os seus cidadãos mais conscientes da vida no mundo ocidental e exigirão melhor tratamento? Resistirá a China aos diferentes grupos étnicos que se digladiam? Aguardemos...

2 comentários:

  1. E há algo que convém não esquecer! Eles têm um elevado nível de PIB mas não de PIB per capita! E é o PIBpc que interessa para o bem estar, não o resto...

    Abraço

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  2. Exactamente.. O que levanta também questões de integridade territorial, movimentos migratórios, instabilidade social, etc etc.

    Abraço!

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