Lia no Jornal Público uma notícia que garantia mais pontos aos conservadores britânicos, separando-os cada vez mais dos rivais trabalhistas, que têm vivido uma queda acentuada.
De imediato, como internacionalista que me orgulho de ser, pensei no Tratado de Lisboa e nas implicações para as relações externas do Reino Unido: os conservadores disseram que se chegassem ao poder, levá-lo-iam a referendo; desdisseram-se mais tarde; mas ficamos sem perceber bem onde ficaria a UE no meio disto tudo. Certamente que durante a campanha teremos oportunidade para satisfazer esta curiosidade. Quem fala na UE, fala nas relações externas, nomeadamente a relação com Estados Unidos e a questão da Guerra do Afeganistão e outras, como os programas humanitários e afins. Talvez uma ainda maior cooperação com Washington seja expectável e, muito seguramente, um afastamento de Bruxelas.
Mas em Relações Internacionais há um grande debate relativamente à interacção entre política interna e externa. Qual a dinâmica que subjaz à relação entre estas duas vertentes? Mais comummente aceite, a política interna tem claras influências na externa. Terá igualmente a externa reflexos nas questões domésticas? Em escolhas eleitorais? Provavelmente, e do que conheço da História e dos acontecimentos actuais, a resposta é sim. Uma crise internacional, uma situação bélica, um estado de beligerância ou de defesa relativamente a uma ameça têm efeitos muito práticos na vivência de uma sociedade, no seu orçamento, na opinião pública, nas eleições, etc.
Dessa forma, defendo uma linha das RI que aposta no tratamento conjunto das duas vertentes: política interna e externa como dois lados de uma mesma moeda, muitas vezes sem limites definidos claramente e com uma dinâmica que própria que não se consegue compreender se se excluir da análise um dos lados.
Allez Cameron allez!
ResponderEliminarEu dou-te o Allez, dou!!!! :P
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