Muito tipicamente, contudo, a notícia constatava de forma bem clara que os líderes chineses (entre eles bastante divididos quanto a este tema) poderiam voltar a desvalorizar a moeda tão depressa como a valorizarão.
Ainda assim, Barack Obama agradecerá qualquer que seja o valor dessa mudança na moeda, uma vez que tem sido confrontado pelo Congresso no sentido de endurecer o seu discurso contra aquele que está a prejudicar os negócios americanos. Não podemos também ser ingénuos ao ponto de acreditar que a amizade entre os dois países foi o único motivo para esta inflexão chinesa ou a sua simpatia por Obama, mas motivações internas de uma economia que não estava a reagir bem ao valor estabelecido também estarão por detrás deste comportamento. A publicação de um relatório monetário americano tem sido adiada, apesar da contestação do Congresso, uma vez que este órgão exige que a China seja declarada manipuladora da sua moeda, o que endureceria novamente a posição sina no seu relacionamento com Washington e reiniciaria a crise diplomática entre os dois blocos.
O aviso está feito, a mudança acontecerá em breve, mas as elites chinesas não se entendem quanto a esta nova política de Pequim. Por enquanto, Obama respira de alívio. Depois da vitória do sistema de saúde, consegue mais algum fôlego relativamente ao Congresso.
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