segunda-feira, 12 de abril de 2010

Uma cambalhota à direita

Foto: Público

Aconteceu na Alemanha de Weimer, acontecerá no Reino Unido de Brown e está a acontecer na socialista Hungria: a extrema-direita ganha força num contexto que está mais do que provado ser profícuo a movimentos como estes, que, populisticamente, convencem os cidadãos de ser a resposta para todos os males do país, criando bodes expiatórios para o estado da economia e da sociedade.

Na Hungria, o movimento de extrema-direita, representado pelo partido Jobbik, aumenta nas sondagens e pode conseguir um segundo lugar, atrás do partido social-democrata e empurrando para o terceiro lugar o partido de esquerda.

A situação na Hungria é problemática: a crise económica trouxe a visão radical para a frente do palco eleitoral e têm-se multiplicado os sinais típicos de fundamentalismos:

«"Porco judeu, porco judeu!", gritavam os apoiantes do Jobbik ao presidente da câmara de Budapeste. "Para o Danúbio!", gritam a Gábor Demszky, um ex-dissidente do regime comunista, há 20 anos autarca, que estava junto ao monumento ao poeta Sándor Petöfi para fazer um discurso. (...)

Dois jovens com o braço estendido numa saudação nazi dizem, primeiro mais baixo e depois com mais força: "Para o campo de concentração!" (...)

Mas o Jobbik, Movimento para uma Hungria Melhor, não é só um partido: é uma milícia que patrulha as ruas exibindo símbolos nazis, em fardas de combate e camuflados ou uniformes negros." (Público, 11.04.2010)

Aguardemos os resultados finais.

2 comentários:

  1. É assustador! Mas ao menos os partidos da direita não extrema estão a subir em popularidade. O que é sempre melhor do que Gordon Browns... Claro que é uma daquelas coisas: preferes morrer afogado ou decapitado... Mas mal ou bem mais vale cortar uma veia do que morrer queimado.

    =P

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  2. Ora bem, vejo-me forçado a bloquear certos comentários... Loool! :P

    É mesmo assustador...

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