Este eixo tem vindo a ficar cada vez mais conhecido pelo mundo. Ankara e Brasília uniram-se numa posição crítica face à quase totalidade da restante sociedade internacional e bateram o pé. Bateram o pé de tal maneira que trabalharam conjuntamente no sentido de mediar a crise que se tinha instalado entre Teerão e o bloco ocidental liderado pelos Estados Unidos que clamavam por mais sanções contra um Irão que violava constantemente as normas internacionais da não-proliferação.
Sinceramente, quando Lula da Silva e Erdogan começaram a consolidar esta oposição ao resto do mundo, duvidei que conseguissem mover Ahmadinejad. Naturalmente, não considerei o peso que as relações diplomáticas entre o Brasil e o Irão, e a Turquia e o Irão mantinham. Pelos vistos, a coisa funcionou. E funcionou de tal maneira que a mediação feita por aqueles dois países deu frutos. Acalmou os ânimos da discussão internacional (deixei de ver artigos a falar nas exaltações de ambos os lados por mais ou menos sanções) e agora veio para os jornais a aceitação de Ahmadinejad da proposta sobre o nuclear que os parceiros fizeram.
"Ao fim de 18 horas de negociações, o texto foi assinado pelos três ministros dos Negócios Estrangeiros na presença dos presidentes Mahmoud Ahmadinejad e Lula da Silva e do primeiro-ministro turco Recep Tayyip Erdogan, reunidos para uma cimeira em Teerão.
Esta proposta será agora comunicada à Agência Internacional de Energia Atómica, o órgão da ONU para as questões nucleares. Se as grandes potências que têm estado envolvidas na negociação deste dossier aceitaram este acordo, “o Irão enviará no prazo de um mês 1200 quilos do seu urânio fracamente enriquecido para a Turquia. Os Estados Unidos e vários países europeus têm tentado travar o programa nuclear iraniano, principalmente o enriquecimento de urânio realizado por Teerão. Apesar dos desmentidos iranianos, temem que o programa vise dotar o Irão de uma bomba atómica e não produzir energia.
Estados Unidos, Rússia e França já tinham oferecido a Teerão um acordo deste tipo, que permitisse às autoridades iranianas receber o combustível de que necessita. Nesse caso, o urânio fracamente enriquecido seria enviado pelo Irão para a Rússia, onde seria enriquecido a 20 por cento e de onde seguiria para França para ser transformado em combustível. Teerão recusou, evocando um problema de confiança."
O Irão mostrou alguma cooperação. Esperemos agora que o Ocidente também o faça e aceite um acordo que pode comprovar (talvez) as intenções pacíficas do programa nuclear iraniano e as suas boas intenções.
Andreuccio vou fazer uma crítica ao teu estilo. (Não é bem teu... É à jornalista)
ResponderEliminarNão uses o nome da capital quando te referes a outra coisa qualquer. Não gosto! Ankara e Brasília... O que é isto? O país? O Governo? A câmara municipal? =P
Loool! Aceito a crítica, mas é para variar quando me refiro aos países! :) Para ficar mais giro. E como não uso discurso científico no blogue...
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