Tudo estava em aberto. E assim continuou, mesmo depois de 21 de Agosto, dia das eleições. O empate técnico entre os dois partidos (raríssimo na história da Austrália) levou a negociações com os independentes para formação de governo. O fim do sistema bipartidário foi anunciado, num momento em que os Verdes conseguiram entrar no Parlamento e em que proliferaram vários candidatos independentes.
Os Trabalhistas obtiveram 72 lugares na Assembleia e os Liberais 70 – a diferença mínima que levou a conversações entre os dois partidos e os independentes. Só no início de Setembro se soube do apoio dos Verdes e de alguns independentes ao partido de Gillard – o que desenvencilhou este emaranhado e permitiu a formação de governo. No entanto, naturalmente que algumas exigências foram feitas em troca: a) uma atenção especial à mudança climática; b) um referendo sobre o reconhecimento da população aborígene na Constituição; c) debate sobre o envolvimento militar no Afeganistão. Com 76 deputados num Parlamento com 150 lugares, Julia Gillard conseguiu manter-se no poder e prometer um governo estável para os próximos três anos.
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