Finalmente, em quarto lugar, um Brasil como um legado de Lula da Silva: esta é a questão interna que menos bem conheço. Ainda assim, a percepção que se tem de fora é a de um líder do Brasil que chamou a si as massas e que obteve sucesso com as suas políticas, que lhe foram granjeando grandes apoios do eleitorado. Muito certamente, a eventual vitória de Dilma Roussef dever-se-á de forma muito intensa a este “legado”. Não há como contrariar os sucessos de Lula na promoção de uma maior igualdade dentro da sociedade, na diminuição da corrupção, na promoção do acesso à educação e de uma série de outras medidas que os brasileiros conhecerão bem melhor do que eu e que, à partida, os terá satisfeito.
Dito isto, é natural inferirmos que, agora que Lula da Silva se retirará como Presidente do país, a campanha eleitoral que leva à sua sucessão não possa centrar-se em duas soluções para o Brasil. Na verdade, a solução é praticamente a mesma: continuar o projecto de Lula, aperfeiçoá-lo e levar o país o mais longe possível, com uma população relativamente satisfeita com o seu Presidente. Em que se centrou, então, a campanha?
A inclinação do eleitorado brasileiro, segundo as sondagens, foi variando. No início, Serra parecia conseguir derrotar a sua principal adversária (vamos referir-nos sempre aos três principais candidatos: José Serra, Dilma Roussef e Marina Silva. No entanto, com o tempo, Dilma foi marcando pontos e empatou nas sondagens, até que começou a distanciar-se. Actualmente, é incerto o resultado, mas eu, neste momento, aponto para a vitória de Dilma Roussef – a minha dúvida existe apenas se o conseguirá com ou sem a segunda volta.
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