Um professor de Relações Internacionais de Berlim, Klaus Segbers, dizia numa aula que é impossível alguém produzir conhecimento científico nas Relações Internacionais sem se "afiliar" por uma das várias correntes do pensamento dentro desta disciplina. Eu temi. Não as conhecia suficientemente bem para me munir da perspectiva de uma e produzir novo saber. E tenho que confessar que continuo sem saber para qual me virar. Eu sou, podemos dizer, um mix de várias teorias. Tenho, contudo, a noção de que um dia isso não será mais possível e que, pela coerência da minha produção, por enquanto pseudo-científica, tenho que adoptar uma delas como minha matriz, por muito limitador que isso possa parecer para que me ler agora.
É nesta demanda que tenho andado nos últimos dias, quase como quem procura uma roupa que lhe assente bem. É claro que reconheço em tudo o que isto implica uma certa imaturidade científica da minha parte. É ponto assente e não fujo a essa asserção. Por outro lado, procuro igualmente um tema para a minha tese de doutoramento. Vários vão surgindo na minha cabeça e o problema é a enorme quantidade de áreas temáticas que vão congeminando dentro da minha mente e que não me deixam, nem por um segundo, sossegado.
Relações transatlânticas, relações transpacíficas, Médio Oriente, Ásia Central e Balcãs estão em grande força. Sim, são poucos e já resultado de uma grande selecção, porque no início a lista era ainda maior. Atendendo à minha área de especialidade, estudos políticos de área, tenho que me circunscrever geograficamente, como se depreende.
Este blogue e outros artigos que vou escrevendo são o meu balão de ensaio - onde vou experimentando diversas temáticas e assuntos para ver onde me sinto mais feliz a estudar. Quem acompanha de perto este blogue, e sei que conto com um punhado de fiéis leitores, sabe que me dedico a vários temas, mas que, bem espremido, a coisa anda ali à volta daquelas áreas que enumerei acima, com ligeiras excepções...
Lanço, então, as seguintes questões para todos aqueles que queiram ajudar-me: qual das áreas parece mais interessante para ler uma obra, por exemplo? Qual delas surge como aquela em que não se importariam de dedicar três anos das vossas vidas? Eu sei que é muito pessoal, mas é da discussão que surgem as ideias e das ideias que surgem as decisões. Qual vos parece aquela em que me sinto mais à vontade quando escrevo no blogue? Qual pensam ser a que tem menos atenção da comunidade académica actual?
Dêem as vossas opiniões, escrevam comentários, enviem-me e-mails e... ajudem-me! Quero decidir-me o quanto antes, porque este meu medo infundado do custo perdido que significará a escolha de um e só um está a tolher-me o cérebro! Digam de vossa justiça, mesmo que não percebam nada destes assuntos! Apenas o que acham mais giro! Todas as opiniões e visões são válidas!
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