IRÃO: Os Estados Unidos perseguem a sua luta contra um Irão nuclear. Depois de muitos meses a aguardar pacientemente uma resposta positiva de Teerão, a “indulgência” para com aquele país parece estar a chegar ao fim e, nesse sentido, a diplomacia americana pressiona toda a comunidade para que imponham mais sanções ao Irão, para que este sinta na pele o preço do seu programa nuclear, num mundo que tenta “desnuclearizar-se”. A Alemanha, também preocupada com a situação dos opositores ao regime de Ahmadinejad também seguiu o mesmo caminho e as suas empresas começam a retirar lentamente daquele país.
Já com a China, a coisa parece mais complicada. Não muito hostil a um regime que tão bem compreende (não fosse tão semelhante ao seu termos de resistência à democracia e às liberdades dos seus cidadãos), a China e o seu lugar no Conselho de Segurança dão algumas preocupações aos EUA, que podem ver as suas medidas sancionatórias proibidas pelos chineses. Também não podemos ignorar o importante facto de que o Irão é o fornecedor de petróleo da China e que a sua delegação na ONU, no máximo, abster-se-á de votar; nunca o fará favoravelmente.
O Ministro dos Negócios Estrangeiros sino disse preferir aguardar alguns sinais de abertura dos amiguinhos iranianos, o que deixou os americanos à beira do colapso e, como resposta, disseram aos chineses que caso eles bloqueassem o programa de sanções, teriam que enfrentar economic insecurity and diplomatic isolation”, nas palavras de Hillary Clinton.
A própria Rússia, conhecida aliada de Teerão, está disposta a contrariar este país nas suas intenções nucleares. Falta só a China, que está difícil de convencer. Não se importando com Direitos Humanos (dos opositores ao regime que têm sido executados e perseguidos) ou com o Direito Internacional (pelos sucessivos incumprimentos em termos nucleares), mas apenas com o seu fornecedor de petróleo, a China está a enfrentar grandes pressões. Veremos como reage.
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