A minha resposta para o artigo anterior é não: Israel não está minimamente interessado num processo de paz e num regresso aos mapas do século passado. Vários motivos assim sem passar muito tempo a pensar no assunto:
1. Israel está, geográfica e “fronteiriçamente”, bem. Quer os palestinianos longe e não cede um milímetro de território;
2. Independentemente do que faça, terá sempre a protecção dos Estados Unidos (veja-se a lata com que anunciou as novas construções em pleno processo de conversações de paz e os discursos dos responsáveis americanos);
3. Nunca se ouviu, pelo menos recentemente, a palavra “sanções” contra Israel e note-se que esta construção da qual não quer abdicar será em território anexado na década de 60 e ilegal à luz do Direito Internacional;
4. Israel vai construindo os colonatos que quer sem ninguém o aborrecer muito por isso;
5. Apesar da revolta palestiniana, dificilmente serão uma ameaça à integridade e segurança israelitas;
6. Israel é um Estado que se “suspeita” nuclear – não tem medo que lhe façam frente;
7. O actual equilíbrio no Médio Oriente está do seu agrado e tem outros problemas com os quais se importa mais, nomeadamente o ódio ao Irão e ao seu programa nuclear, que pode, qualquer dia, dar em ataque.
E penso que estas razões são mais que suficientes para compreender a minha dúvida relativamente ao empenhamento do país no processo que é tão importante para a região como para a política externa da Administração Obama.
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