Mais uma questão de soberania e mais um sinal do caos que é a sociedade internacional.
Israel e a Palestina concordaram em iniciar conversações indirectas, cujo intermediário são os Estados Unidos. Até aqui, tudo muito bem e pacífico, tudo muito contente pelas duas facções estarem dispostas, pelo menos isso, a um diálogo ainda que não frente a frente. Com o agudizar das tensões nos últimos meses, esta anuência significava já uma certa evolução.
Joe Biden, o vice-Presidente dos Estados Unidos, árbitros nestas conversações no Médio Oriente, há pouco tempo chegado de Israel, recebe uma notícia: o Ministro do Interior israelita tinha acabado de autorizar a construção de centenas de colonatos na zona Oriental de Jerusalém. Ora, naturalmente, esta permissão causou um grande desconforto diplomático e colocou em causa todos os esforços no sentido da paz entre os dois lados desta controvérsia. Biden criticou o anunciado, seguido por Ban Ki-moon, e, claro, a reacção palestiniana não se fez esperar. Com muita razão.
Eu sempre disse aqui que Israel tem as costas protegidas. Os Estados Unidos, para garantirem um aliado numa zona vital para os seus interesses, continuam a pactuar com o Estado judaico, que, podendo ter razão nos seus clamores por um território, perde-a sistematicamente com uma atitude prepotente e conflituosa. Ainda assim, a Palestina decidiu continuar o calendário destas conversações, numa atitude bastante nobre, talvez já habituada aos caprichos israelitas. Com as conversações suspensas há mais de um ano e com os colonatos como principal ponto de discórdia entre as duas entidades, este anúncio israelita veio muito pouco a propósito. Talvez por só então ter percebido o impacte de tais declarações, ainda Biden estava no Médio Oriente, Israel pediu desculpa pelo sucedido.
Haverá lugar para a Paz entre palestinianos e israelitas? Conseguirá alguma conversação arrecadar cedências de ambos os lados e apaziguar esta quezília histórica? Repare-se, por exemplo, nesta notícia do NYT: Palestinians Honor a Figure Reviled in Israel as a Terrorist.
Algumas horas de pois de escrever este post com o intuito de o publicar, li algumas notícias que davam conta da alteração da situação israelo-palestiniana: Abbas, ofendido pelo anúncio de Israel, recusou continuar as conversações; Israel pediu desculpa, mas não recuou; Biden pediu cooperação a todos e de nenhum lado obteve respostas.
Agora, depois da notícia do NYT e destes novos dados, as perguntas mantêm-se: Haverá lugar para a Paz entre palestinianos e israelitas? Conseguirá alguma conversação arrecadar cedências de ambos os lados e apaziguar esta quezília histórica?
Algumas horas de pois de escrever este post com o intuito de o publicar, li algumas notícias que davam conta da alteração da situação israelo-palestiniana: Abbas, ofendido pelo anúncio de Israel, recusou continuar as conversações; Israel pediu desculpa, mas não recuou; Biden pediu cooperação a todos e de nenhum lado obteve respostas.
Agora, depois da notícia do NYT e destes novos dados, as perguntas mantêm-se: Haverá lugar para a Paz entre palestinianos e israelitas? Conseguirá alguma conversação arrecadar cedências de ambos os lados e apaziguar esta quezília histórica?
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