Reflexão sobre o "Multikulti"

Merece uma reflexão este artigo de opinião de Clara Barata. Não a vou fazer aqui, porque ando sem tempo, mas cá fica a sugestão.

"Podemos culpar Sarkozy, Merkel e Cameron pelo clima que provocou atentados de Oslo?" - é a pergunta que a autora faz aqui.

Pressão diplomática

A pressão diplomática sobre o regime de Khadafi está a aumentar: o MNE britânico decidiu expulsar o corpo diplomático em serviço ao regime, ao mesmo tempo que convidou os rebeldes para entrar na embaixada, como legítimos representantes da Líbia.

Lia outro dia um paper sobre os factores externos da democratização e, congregando as propostas de diferentes autores que agruparam esses mecanismos, Fossati incluiu este tipo de pressão diplomática no grupo "Rewarding to democratising states", no qual estão também prevista as assistências democrática e económica. Para além deste mecanismo, o autor criou outros três que poderíamos facilmente aplicar a esta vaga de democratizações do Médio Oriente: "inertial emulation" (by contagion or convergence); "control" (direct and indirect) e "political conditionality".

O artigo pode ser encontrado aqui.

A Ministra

No Paquistão, foi escolhida uma mulher, Hina Rabbani Khar, para Ministra dos Negócios Estrangeiros do país. É a primeira mulher a ocupar o cargo e a mais jovem de todos os anteriores MNEs paquistaneses. 

Um dos seus primeiros movimentos à frente desta pasta, que não tem a vida nada facilitada, nomedamente nas relações com os americanos, será um contacto, sempre delicado, com a vizinha e arqui-inimiga Índia. 

Fiel portadora de lenço sobre a cabeça, Khar pode demonstrar ao Ocidente que nem só as mulheres libertas dos vestimentos típicos ocidentais podem alcançar a sua autonomia e que nem todas o fazem por imposição.

Espero que o charme da nova ministra traga uma lufada de ar fresco para as relações entre os dois países.

Programa para a Internacionalização das Ciências Sociais

Tenho o gosto de informar V. Exa. de que o Serviço de Ciência da Fundação Calouste Gulbenkian instituiu o Programa para a Internacionalização das Ciências Sociais em Portugal com o objectivo de estimular a internacionalização das Ciências Sociais em Portugal. O Programa abrange as seguintes disciplinas: Antropologia, Ciências da Educação, Ciência Política, Demografia, Geografia Humana, História, Psicologia Social, Relações Internacionais e Sociologia.

Este Programa destina-se a investigadores portugueses e estrangeiros, que trabalhem em instituições portuguesas, com idade inferior a 40 anos em 30 de Setembro de 2011. Serão admitidos ao concurso artigos publicados, ou aceites para publicação, em revistas internacionais de referência entre os anos de 2009 e 2010.

As candidaturas deverão ser apresentadas ao Serviço de Ciência da Fundação Calouste Gulbenkian (Av. de Berna, nº 45 - A, 1067-001 Lisboa), até ao dia 31 de Outubro de 2011, pelo que ficaria muito grata se V. Exa. se dignasse dar a este nosso pedido a melhor atenção. O regulamento do Programa encontra-se disponível no site www.gulbenkian.pt/apoios.

Emprego

Tipo de Trabalho: Full time

Perfil: Boa fluência verbal e dicção,
Capacidade de argumentação,
Gosto pela área de trabalho em causa,
Disponibilidade total e imediata

Benefícios:
Bom ambiente de trabalho,
Formação profissional,
Integração em equipa jovem e dinâmica,
Plano de carreira,
Plano de comissões,
Remuneração de trabalho extraordinário,
Telemóvel

Multinacional em Lisboa, no Parque das Nações recruta M/F para o departamento Diplomático: 
licenciados em Relações Internacionais, com disponibilidade para deslocações Internacionais.

Entrada Imediata.

Enviar o seu CV com os respectivos certificados de habilitações. Empresa: Asca Multinacional.


Mais informações: 

Democracy, again... III

Já que estou em maré de debitar sobre democracia, deixo aqui uma leitura (que ainda não conclui) mas que pode interessar a quem andar com os mesmos problemas que eu: medir a democracia!

Munck, Gerardo (2009) Measuring Democracy: A Bridge Between Scholarship & Politics. Baltimore: The John Hopkins Universisty Press.

Afeganistão & Paquistão

Duas notas breves de duas notícias lidas hoje no Público:

A França, no seguimento do que vai ser feito pelos Estados Unidos e por outros aliados, irá diminuir o seu contingente no Afeganistão já a partir do final do próximo ano em cerca de 1000 homens.

No vizinho Paquistão, consta-se que a CIA organizou uma pseudo campanha de vacinação contra a hepatite B, recorrendo a paquistaneses, de forma a obter ADN da família de bin Laden, já suspeitando da sua localização. O médico foi detido por cooperar com forças de espionagem e as relações com os Estados Unidos pioram a olhos vistos.

"Pior desastre humanitário"

Segundo esta notícia da Aljazeera, António Guterres, Alto Comissário das Nações Unidas para os Refugiados, considerou a Somália o "pior desastre humanitário" após uma visita ao país, no qual 10 milhões de pessoas estão a sofrer com a seca.

Depois de uma declaração deste género, seria importante que ela tivesse efeitos práticos e que, de facto, a comunidade internacional conseguisse ajudar o país a ultrapassar mais um problema, que se junta a vários outros que levam muitos a considerar este um Estado falhado.

Quer se concorde ou não com a atribuição, o sofrimento e a dignidade humana urgem uma intervenção que diminua a má nutrição, as péssimas condições e a elevadíssima mortalidade na região.

Evento

O mais novo Estado do mundo

O Sudão reconheceu o Sudão do Sul como país independente. Hoje, 9 de Julho, nasce o mais novo Estado do mundo, a República do Sudão do Sul, cuja capital é Juba e onde as línguas oficiais são o Inglês e o Árabe.

Pode acompanhar-se o nascimento deste novo actor mundial no blogue "O Diplomata", na Aljazeera e em muitos outros sites com pessoas mais qualificadas do que eu para falar do país.

Educação e Formação

Encontram-se abertas, até 22 de Julho de 2011, inscrições para a Pós Graduação em Estudos Estratégicos e de Segurança, desenvolvida ao abrigo de um protocolo de colaboração entre a Universidade Nova de Lisboa-FCSH e o Instituto da Defesa Nacional. Consulte o site do IDN.

Vitória na Tailândia

Os tailandeses foram às urnas e decidiram: mais uma mulher lidera o destino político de um país. Com uma tradição muito militarista, a Tailândia poderá ter agora a possibilidade de acabar com a violência que está frequentemente presente no território e o apoio em grande escala ao partido de Yingluck Shinawatra, a nova primeira-ministra, diminuirá a probabilidade de intervenção dos militares nas lides políticas do país, nomeadamente através de um golpe. Como ficou provado por estas eleições, o partido e o primeiro-ministro depostos com um golpe militar em 2006 continuam a gozar de uma grande popularidade junto dos tailandeses, que se manifestaram contra a governação das Forças Armadas. Mais um passo na consolidação democrática de um país asiático.