quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

Bom Natal

A todos os leitores e amigos do Internacionalizzando, um óptimo Natal e um maravilhoso 2011!

Regressarei em 2011 e conto convosco!

Um abraço a todos,


André Pereira Matos

quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

Lamentos

A União Europeia lamenta e eu lamento igualmente. Israel continua sem dar mostras de se empenhar verdadeiramente no processo de paz e recusa-se a parar com os colonatos na Cisjordânia. Mesmo que esse processo de paz signifique muito para os seus aliados americanos, cujo sucesso da política externa do actual Presidente depende muito deste conflito no Médio Oriente. E, eu diria, agora com os WikiLeaks, urge, mais que nunca, que os Estados Unidos mostrem resultados e dos bons...

Os Estados Unidos, no entanto, já desistiram de apoiar o congelamento dos colonatos. Disseram que preferiam apostar, a partir de agora, em outras formas de negociação, centrando-se em questões como a definição de fronteiras. Ora, para mim, que não estou dentro dos círculos diplomáticos, essa hipótese não é um bom ponto de partida. Se isto se passa com os colonatos que impedem as negociações, o que surgirá dos debates sobre as fronteiras?

O que será que a União Europeia, por sua vez, pode fazer mais do que lamentar? Era bom haver mais pressão, uma vez que agora é das únicas entidades do Quarteto que pretende, em primeiro lugar, o congelamento da construção dos colonatos. Posição, pela qual, deve ser felicitada. Agora, força!

terça-feira, 21 de dezembro de 2010

Quantos amigos tem a China?

Quantos amigos tem a China?


É verdade! A China conta, entre outros, com 18 amiguinhos mais fiéis. Como sei eu isto? Ora, pois é o número de países que não estiveram presentes na cerimónia de entrega do Nobel da Paz. E quem são eles? Pasme-se: Rússia, Arábia Saudita, Paquistão, Iraque, Irão, Afeganistão, Ucrânia, Cazaquistão, Sérvia, Venezuela, Filipinas, Vietname, Colômbia, Egipto, Tunísia, Sudão, Marrocos e Cuba.

Algumas considerações:

1. A China fez muita pressão sobre os países com os quais mantém relações mais próximas para que estivessem ausentes desta cerimónia - houve mesmo cartas oficiais para representantes diplomáticos;

2. A China considera esta cerimónia uma farsa;

3. Todos os ausentes são, ironicamente, campeões do respeito pelos Direitos Humanos e pelas liberdades.

4. Sem ser muito cáustico, digo que, caso tivesse sido comprada a nossa dívida pelos chineses, Portugal também poderia ter sido um dos ausentes... Com quem nos fomos/vamos meter?

segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

Ai os "chenkos"...

Duas notícias más para a democracia e para os "chenkos" da Europa de Leste...


Timochenko formalmente acusada de desvio de fundos públicos


Eleições no Kosovo

O Kosovo sempre foi um caso que me interessou particularmente, pois não é todos os dias que se vê nascer um país. E o Kosovo deve ser o mais recente caso desse género, já eu andava nas lides das Relações Internacionais. Por isso ainda hoje o sigo com alguma atenção.

As eleições neste jovem país, as primeiras desde a declaração da independência, têm dado que falar. Hashim Thaçi, líder do partido cujas sondagens apontavam como vencedor (apesar da diferença desse PDK para o da oposição, o LDK, não ser muito grande) apresentou um discurso virado para o Ocidente, para a União Europeia, para a NATO. À partida, este líder teria tudo para vencer. No entanto, os 45% de desemprego e os 2 milhões de habitantes a viver abaixo do limiar da pobreza dificultaram a popularidade de Thaçi, também ele associado à corrupção. Pior: além disso, a oposição acusa-o de fraude nas eleições, o que, convenhamos, não é muito positivo para alguém que ajudou a fundar a democracia kosovar. Podia ter sido uma espécie de Mustafa Kemal kosovar. Mas a verdade é que não foi. Ou pelo menos não tem sido. 

Um dos motivos que leva a oposição a fazer tal afirmação é o facto de, em alguns sítios do país, conhecidos pelo apoio ao Primeiro-Ministro, a afluência ter alcançado os 94%, sendo que a média nacional não alcança os 50 pontos percentuais (fica-se pelos 48%). Ora, realmente é motivo para desconfiar.

Esta novela enriquece ainda o seu enredo com o processo que o Primeiro-Ministro kosovar vai instaurar a um relator do Conselho da Europa, por este o ter acusado de estar envolvido no tráfico de droga e de órgãos humanos. Mais pormenores, aqui.

A vitória do partido democrático de Thaçi foi em cerca de 30% contra 26% da oposição. Agora veremos o que acontece no país...

domingo, 19 de dezembro de 2010

Confusões por Itália

No contexto da não aprovação de uma moção de censura ao governo de Berlusconi por três votos apenas, sugiro a leitura do post do Pedro Fragoso no seu Tijolo com Tijolo.

sábado, 18 de dezembro de 2010

sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

América Latina - Cuba e Venezuela

A notícia da libertação de vários presos políticos em Cuba parecia fazer antever a abertura do país em termos democráticos. No entanto, a proibição da saída de Fariñas do país para ir receber um prémio a Estrasburgo, no âmbito da liberdade de expressão, pode deixar-nos menos crentes relativamente a essa evolução do governo cubano.

Por outro lado, temos também a Venezuela: país de grandes disparidades sociais e de graves problemas de segurança, entre outros, também aqui a democracia tem sofrido bastantes reveses, ao qual agora se acrescenta a intenção de Chávez de governar com plenos poderes nos próximos 12 meses. O pedido já foi efectuado à Assembleia Nacional e é justificado pelas cheias que têm afectado o país. Para além da precipitação, eu acho que também está a meter-lhe alguma confusão a "chuva" de opositores que vai chegar ao parlamento venezuelano já em Janeiro - os 40% da oposição que tomarão os seus respectivos lugares nessa instituição, resultado das últimas eleições. Ora, com plenos poderes, Chávez ficará com um belo guarda-chuva para essa pluviosidade, continuando a metáfora.

quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

Emprego em Nova York

Job Announcement:
Director of the International Network for
Economic, Social and Cultural Rights (ESCR-Net)

ESCR-Net seeks a Director to provide strategic guidance, management and leadership to expand the Network’s capacity and substantive work; to guide the process to relocate the Network’s Secretariat to a global South country; and to lead  the Network in its new period of growth. 

ESCR-Net is the largest global Network of organizations and activists from around the world working together to secure economic and social justice through human rights.  ESCR-Net seeks to strengthen the field of all human rights, with a special focus on economic, social and cultural rights (ESCR), and further develop the tools for achieving their realization. Through ESCR-Net, groups and individuals share information and strategies, develop new tools and resources, support joint advocacy actions, and develop a collective voice.  ESCR-Net has a core membership of more than 220 organizations and individual activists from over 65 countries. 

ESCR-Net has begun a new phase of growth, and now seeks a dynamic Director to lead the Network through this important and exciting stage of ongoing development, realizing the Network’s greater potential.  In recent years, significant progress has been made in consolidating and strengthening the collaborative work among members of the Network - particularly in the areas of adjudication of ESCR (including the campaign for the Optional Protocol to the ICESCR); corporate accountability; economic policy and human rights; women and ESCR; and social movements. 

The new Director will build on this momentum and lead the Network to further deepen and expand its substantive areas of work. The new Director will also guide the process to relocate the ESCR-Net Secretariat while retaining a strategic presence for the Network at the international level.  The ESCR-Net Board and Secretariat staff have undertaken a study to explore the benefits of relocating the Secretariat from New York City to the global South. Initial research has been conducted to identify a location that would provide a supportive operating environment for NGOs; strong connections to civil society base of ESCR work; lower operating costs; ease of travel; efficient technology and communications infrastructure; and good access to donor funds.  At this stage, several potential locations have been identified, including Argentina, Brazil, India, Kenya, Malaysia, Mexico and South Africa.  The new Director will plan and implement the process of research, decision-making and relocation of the Secretariat, transitioning with the Secretariat to a new location.     

Specific responsibilities of the Director include the following:
Develop strategic and programmatic direction for the Network, in response to members’ interests and needs and in consultation with the Board and Secretariat staff.
Coordinate day-to-day activities, programs and administration of the Network, including managing the Secretariat staff and overseeing the administration of funds and financial planning.
Raise funds for the operation of the Network and report to funders.
Work with program staff to facilitate the thematic working groups, support ongoing projects and develop new activities.
Organize meetings, conferences and other events aimed at developing the Network and providing a framework for joint advocacy activities.
Represent the Network at international conferences, meetings and strategy sessions, and conduct ongoing outreach for the Network.
Follow developments in the field of economic, social and cultural rights with an aim toward identifying strategic opportunities for the Network.
Facilitate governance of the Network by working closely with the Board on setting policies and directions and working with Membership.
Maintain lines of communication between the different Network structures: Board, Secretariat, Working Groups   and General Assembly (Membership).
Guide the process of decision-making and transition of the Secretariat from New York City to a new location in the global South, and transition with the Network to its new location.

The Director of ESCR-Net reports to a seven-member Board, elected by members of the Network.

Qualifications

The ideal candidate is someone who has excellent coordination, management and advocacy skills; substantive knowledge of the field of ESCR; a proven track record or demonstrated capacity to raise funds; and the strategic thinking and organizational skills needed to build a strong, decentralized, membership-driven, global Network.

Candidates should have the following qualifications (required):
In-depth knowledge of economic, social and cultural rights, and a minimum of 7 years experience in the field of human rights, with progressively greater responsibility, including a minimum of 3 years of management experience.
Strong leadership capacity, strategic vision and creativity to guide the development of the Network and its project and advocacy work.
Strong management, coordination and interpersonal skills to run the operations of the Network and to catalyze collaborative work amongst its members.
Excellent political judgment and facilitation skills to work with a wide range of civil society groups and interests as well as help position the Network on advocacy issues.
Capacity to plan and prioritize well and to juggle multiple demands, and to work comfortably in a small, collegial office environment.
Ability to bring a gender perspective into the work of the Network and to work effectively across language and cultural differences in coalitions and partnerships with other organizations and grassroots groups/social movements.
Fluency in oral and written English, with excellent writing and public speaking skills
A record of successful fundraising – or demonstrated capacity – from foundations and donors.
A record - or demonstrated capacity - of successful human rights advocacy and/or campaigning.

In addition to the qualifications noted above, the following skills and experiences are desirable:
Fluency in Spanish and/or French is highly desirable; knowledge of other languages, including Arabic or Hindi is also desirable.
A Master’s level degree in law, politics, public policy, international development or related field.
Familiarity and comfort working with new online and offline communication and collaboration technologies.

Salary and Benefits
ESCR-Net offers competitive compensation and generous employer-paid benefits including medical, dental and vision, and generous vacation and paid leave.

Location of the Position
The position is currently based in New York City and includes international travel.  The new Director will initially work from New York City, and move with the Secretariat when it is relocated in order to ensure a smooth transition and continue to lead the work of the Network.   In exceptional circumstances, the possibility will be opened up for the new Director to work from another location initially as long as sufficient time is spent in New York City to become immersed in the operations of the Network.
 
All interested applicants, regardless of nationality or current location, are encouraged to apply. ESCR-Net will assist the new Director in obtaining the necessary work authorization.
To Apply

Please send a curriculum vitae, a letter of interest, and the contact information of 3 references by January 24, 2011 to ESCR-Net by email director@escr-net.org using Director Search as the subject of your email . Please note that all application materials must be submitted in English.   Due to the high volume of responses we have received in the past, only short-listed candidates will be contacted. Thank you for your understanding during this process.
For more information on ESCR-Net, please visit our website at www.escr-net.org

quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

Emprego


ASSISTENTE NA ÁREA DO SECRETARIADO (m/f) - Eu careers
Está disposto a iniciar uma carreira como secretário na Europa?
Línguas: (DA) Dinamarquês, (DE) alemão, (EN) inglês, (ES) espanhol, (FR) Francês, (MT) maltês, (NL), neerlandês, (PT) português, (SV) sueco. As instituições da UE procuram assistente para a área do secretariado dos 27 Estados-membros. Actualmente procuramos secretários com uma boa formação para iniciarem a sua carreira nas instituições da UE.

Perfil do Candidato:

É um secretário devidamente qualificado;
A sua língua principal é uma das seguintes: inglês, dinamarquês, neerlandês, francês, alemão, maltês, português, espanhol, sueco;
Além das suas competências profissionais na área do secretariado, deve ter um bom conhecimento de inglês, alemão e/ou francês (se não for a sua língua principal), ter excelentes capacidades para resolução de problemas, boas aptidões de comunicação e apresentar, sistematicamente, resultados de grande qualidade.

Oferta:

Um emprego no coração da Europa;
Um ambiente de trabalho internacional motivante;
Uma carreira plena de oportunidades de aprender e desenvolver as suas competências;
Um salário atractivo (AST1) e um pacote de benefícios interessante.

Contacto:

Se está disposto a enfrentar um maior desafio visite o nosso sitio Web www.eu-careers.eu para se candidatar! Mais informações sobre o perfil e o procedimento de selecção disponíveis emwww.eu-careers.eu no anúncio do concurso EPSO/AST/111/10 (AST1).

Observações:

As inscrições terminam em 16 de Dezembro de 2010 às 12 horas (hora de Bruxelas).

Call for Papers


Call for Papers
«Détente and Social Revolution in Southern Africa»
IPRI-UNL/LSE IDEAS
Lisbon, 6-7 May 2011

The 1970s was a decade of profound transformation in Southern Africa: faltering nation-building projects based on a variety of socialist models of development post independence intersected with a growing crisis of white constructs of nationalism and increasingly militant liberation movements. These dynamics of change cannot be analysed separately from the international environment of détente, which proved both an enabling and distorting factor in the process of change in the region. Building on successful collaboration between IPRI-UNL and LSE IDEAS on two conferences on conflict in Southern Africa in the Cold War era, and decolonisation and its legacies, this conference seeks to highlight new research on the interaction of Détente and smaller states in Southern Africa. This was a key decade in the rise and fall of the Cold War in the extra-European world:  Just as the human rights debate was to contribute to the long-wave of change in the geo-political environment in Europe, so tension between human rights and models of economic progress challenged the international community and the domestic status quo in the Southern African region.
This conference seeks to explore comparisons and difference in the dynamics and impact of détente in Southern Africa, and local sources and understandings. It adopts a deliberate multi-disciplinary approach to combine social-psychological discussion of international and regional perception and motives, analysis of contemporary high politics and explanations for the changing structure of the international system in the region. Its themes are national and transnational actors and agencies; personalities, ideologies and opportunities. Papers that draw on new archives from the region, as well as multi-archival research, are particularly welcome.
Panels:
a) the Superpowers and Détente: new findings;
a)      Luso-phone Africa and the mirage of détente;
b)      South Africa/Rhodesia: Détente and its detractors;
c)      Détente and the Front Line States.

Proposals (max. 500 words) and supporting CVs should be submitted to Dr Sue Onslow, s.onslow@lse.ac.uk , by 31st January 2011.

Evento

terça-feira, 14 de dezembro de 2010

Back!

Peço a todos desculpa pela minha longa ausência. Problemas técnicos e imenso trabalho têm-me impedido de manter o blogue actualizado. A partir de amanhã, voltarei em força! 

segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

Dados divertidos!

Através do blogue 2 Dedos de Conversa descobri este vídeo, onde os dados são apresentados de forma interactiva, apelativa e divertida, afastando a aridez dos números e tornando interessante e eficaz o processo de aprendizagem. Vale a pena ver!


sábado, 4 de dezembro de 2010

sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

Evento - Convenção Nações Unidas e deficiência

(Desculpem a ausência; problemas técnicos são os culpados)


CONFERÊNCIA “CONVENÇÃO DAS NAÇÕES UNIDAS SOBRE OS DIREITOS DAS PESSOAS COM DEFICIÊNCIA – O PAPEL DAS ORGANIZAÇÕES NA SUA IMPLEMENTAÇÃO”
A Associação Portuguesa de Deficientes vai realizar no dia 13 de Dezembro, no Auditório do Edifício Novo da Assembleia da República, a Conferência “Convenção das Nações Unidas sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência – o papel das organizações na sua implementação.
Embora todos os tratados internacionais de direitos humanos se apliquem às pessoas com deficiência, as Nações Unidas, ouvidas as organizações representativas das pessoas com deficiência, consideraram ser útil e justo clarificar e detalhar de que forma os direitos humanos se aplicam às pessoas com deficiência, fazendo-o através de uma Convenção. Ratificado este instrumento de direitos humanos e o seu Protocolo Opcional, impõe-se que o passo seguinte, o da sua implementação e monitorização, seja um processo colectivo, em que intervenham o Estado e as organizações da sociedade civil. Para tanto, é essencial que no processo de implementação e monitorização as ONG tenham a preocupação de incorporar nas suas áreas de actividade as questões relativas aos direitos das pessoas com deficiência, uma condição indispensável para assegurar o desenvolvimento social, económico e ambiental com todos e para todos.
É esta perspectiva que a Associação Portuguesa de Deficientes gostaria de ver debatida nesta Conferência e, através da troca de ideias e conhecimentos, ajudar a construir uma rede de interesses e sinergias vocacionadas para o objectivo comum de assegurar que as pessoas com deficiência vejam reconhecidos e assegurados os seus direitos civis, culturais, económicos e sociais.

quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

Lamento

Lamento pela vida da jovem chefe da polícia de um perigosíssimo município mexicano. Lembro-me há algumas semanas de ler a sua entrada, como primeira mulher, para este posto, mas agora terminou tudo. Pode ler-se aqui.

segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Irão

No outro dia, quando vagueava pelo meu próprio blogue, reparei que, estatisticamente, a etiqueta "Irão" foi das mais usadas aqui, apenas depois de "eleições" e "União Europeia". Mais do que democracia, do que Afeganistão ou mesmo Turquia. Espantei-me. Mas em honra a essa informação estatística, deixo aqui duas breves notas relativas a este país.

A primeira prende-se com a perda de um pequeno aliado, a Gâmbia. Este país, sem mais explicações, cortou todas as relações com o Irão - diplomáticas, económicas, institucionais, etc. Os representantes iranianos tiveram dois dias para abandonar o país. As razões desta mudança brusca na posição da Gâmbia, que até apoiava Ahmadinejad na sua luta pelo direito ao nuclear, não são conhecidas. Mas, como lembra a notícia do Público, já em tempos o Presidente deste pequeno país africano mudou repentinamente o nome de uma Avenida que tinha ele próprio baptizado de Khadafi para o anterior.

A segunda notícia também é negativa para o Presidente iraniano: segundo este artigo do Público, o Parlamento iraniano está a debater a impugnação de Ahmadinejad. Essa discussão foi proibida pelo Supremo Líder, mas mesmo assim há deputados que estão a lutar para que ela regresse àquela instituição. Não contava, sinceramente, com uma oposição do Parlamento tão visível; as desavenças são conhecidas, mas algo tão claro e "descarado" não era, para mim, previsível, ainda para mais com a oposição do ayatollah Ali Khamenei.

"Segundo revelou o diário "The Wall Street Journal " na sua edição de ontem, as acusações incluem a importação ilegal de gasolina e de petróleo e o levantamento 590 milhões de dólares do fundo de reserva do país no estrangeiro sem a aprovação do Parlamento. Cerca de 40 deputados, incluindo Mousa Reza Servati, chefe do comité de orçamento do Parlamento, já assinaram a moção."

domingo, 28 de novembro de 2010

WikiLeaks!

Já foram tornados públicos os primeiros documentos supostamente secretos da diplomacia americana! Prometo alguns comentários aqui no blogue!!

Cinema nas Relações Internacionais

Reproduz-se em baixo o trailer de um filme turco que vai deixar ainda mais tensas as relações entre este povo e os israelitas. Foi realizado com base no incidente da flotilha que aconteceu há alguns meses e que todos ainda recordamos. Aguardo a reacção de Israel.

sábado, 27 de novembro de 2010

O meu país...

Não sou nacionalista, não me emociono com o hino ou com a bandeira. Não me identifico com Portugal, até. Mas hoje não pude deixar de transcrever alguns excertos de uma entrevista que o Público fez a Simon Svergaard, presidente do Reputation Institute, cujo relatório colocou Portugal em 19.º lugar (numa lista de 39 países) que tem em consideração a reputação do país. Será isto causado pelo nosso "medo de existir"? Falhamos na comunicação?

"Quando se vive num país, tende-se a ser mais positivo para com esse país. Em Portugal, isso não acontece. Quanto à percepção por parte dos países do G8, Portugal é um país muito bonito e com um estilo de vida apelativo. Em contrapartida, tem pontuações mais baixas ao nível do avanço económico, por ser um país que não se identifica com nenhuma grande marca e por ser visto como pouco desenvolvido no campo da tecnologia, quando, na realidade, é bastante desenvolvido.

Isso quer dizer que esses avanços não são suficientemente visíveis?
Sim. Portugal tem uma rede de infra-estruturas viárias que é das melhores da Europa, tem uma rede de comunicação moderna, um sistema bancário em que todos os ATM estão interconectados. Há países considerados muito desenvolvidos, como os da Escandinávia, que não têm estes avanços. O problema é: será que o resto do mundo sabe desta faceta? Portugal tem capacidade para se posicionar como um dos países líderes da Europa no campo da tecnologia, mas, para isso, tem de começar a comunicar o que faz.

Mas acha que Portugal está já a perder reputação?
Não. Mas acho que o Governo português está a esconder-se da tempestade, à espera que esta desapareça. Se o Governo quer melhorar e aumentar reputação, tem de assumir responsabilidade de prestar atenção ao que se diz sobre o país lá fora e desempenhar um papel mais activo na comunidade global. Portugal acaba de ser nomeado para o Conselho de Segurança das Nações Unidas, tem Durão Barroso à frente da Comissão Europeia, tem de saber aproveitar-se disso para aumentar a sua presença a nível internacional."

Podem fazer a leitura na íntegra aqui. 

[A segunda imagem é uma homenagem à Sara que fez parte desta bandeira.. ;)]

sexta-feira, 26 de novembro de 2010

"Balancing China’s Rise with India’s Aspirations"

O título deste post é da autoria de Nuno Monteiro, professor de Ciência Política em Yale, cujo blogue eu aconselho a lerem. 

O post está relacionado com os dois países mencionados no título e, como não poderia deixar de ser, os Estados Unidos. Nuno Monteiro acredita na formação de uma "coligação" entre os EUA e a Índia para contrabalançar a influência de uma China crescente. Efectivamente, a oferta do apoio da Casa Branca a um assento permanente no CS da ONU é um sinal dessa aproximação, que deve desagradar a China. 

No entanto, não pode ignorar-se o efeito perverso dessa aliança: a luta contra o terrorismo e o envolvimento do Paquistão, como o autor tão bem aponta. Que incentivo terá o Paquistão para continuar a apoiar os Estados Unidos numa luta que não lhe traz aparentemente benefícios? Não será mais fácil ceder aos apelos dos terroristas que se instalaram no seu território do que a uns EUA que se aliam cada vez mais ao seu inimigo número um, a Índia? Porquê apoiar um país que pode ajudar o inimigo a reforçar a sua posição na região?
Estas são questões fundamentais que têm que ser ponderadas com a devida precaução. Os Estados Unidos continuam, como dá para ver, no meio de todos estes fluxos. O sucesso no Afeganistão também pode em muito depender desta ligação. E a China? Até onde conseguirão os EUA fazer-lhe frente com uma aliança com a Índia? Serão os dois capazes de contrabalançar o peso chinês? E o que pedirá em troca a Índia? Apoio face ao Paquistão? Um faca de dois gumes, um jogo perigoso.

O post pode ser lido na íntegra (e o blogue acompanhado) aqui. 

quinta-feira, 25 de novembro de 2010

Evento

E assim o Papa mudou a posição da Igreja

Como líder da Igreja Católica, o Papa Bento XVI fez uma inflexão nas suas próprias declarações e promoveu uma ligeira abertura nesta organização ao afirmar que o preservativo, "em certos casos" e para reduzir o risco da SIDA, pode ser utilizado. É claro que nem me debruço sobre a necessidade desta posição da Igreja, mas como critiquei aqui a afirmação do Papa há alguns meses, penso que deveria fazer agora esta achega e congratular a Igreja por este (pequenino) passo.

Numa instituição onde qualquer forma de contracepção é proibida, com excepção da abstinência sexual, uma frase destas alivia-nos e faz-nos pensar na possibilidade de alguma abertura, aos bocadinhos: 

“Em certos casos, quando a intenção é reduzir o risco de contaminação, este pode mesmo ser um primeiro passo para abrir caminho a uma sexualidade mais humana, de outra forma vazia”, afirma Bento XVI."  
A partir do Público.

quarta-feira, 24 de novembro de 2010

Pragmático

Em tempo de crise, David Cameron, quando esteve na China, mostrou-se pragmático:

Call for Papers

CONGRESSO NACIONAL DE HISTÓRIA E CIÊNCIA POLITICA 

OUTRAS VOZES na República 1910-1926

 Figueira da Foz - 12, 13 e 14 de Maio de 2011

Apresentação
Os 100 anos da I República portuguesa convocam não só a celebração de um ideal político e social que é, hoje, parte integrante da matriz ideológica do mundo ocidental, como constituem uma oportunidade para observar com maior acuidade, um período basilar da nossa história nacional. Porque na política, na vida e na História quase nada é consensual, só se pode aspirar à compreensão de um facto através do entendimento dos vários planos que o constituem. Faz, pois, todo o sentido que no momento em que se debruçam as atenções sobre o estudo da I República portuguesa, se insira nessa abordagem a perspectiva do Outro.
Assim, o congresso [WINDOWS-1252?]“OUTRAS VOZES na República [WINDOWS-1252?]1910-1926” propõe-se discutir a verdadeira riqueza e complexidade da I República portuguesa. Trata-se de uma oportunidade para promover a interacção entre comunidade académica, jovens investigadores e público interessado numa reflexão plural e dinâmica inserida no debate em curso sobre a I República. Espera-se que entre mesas redondas, tertúlias, jantares, conferências, inauguração de exposição, passeios culturais e outras surpresas se propiciem três dias de discussão, trabalho e convívio.
Neste quadro, o Museu da Presidência da República convida todos os interessados a submeter comunicações científicas originais sobre temáticas nas áreas de História e Ciência Política.
Prazos e condições de submissão de propostas

O prazo para apresentação de comunicações decorre até 31 de Janeiro de 2011. As propostas de comunicações devem ser enviadas para o endereçooutrasvozes@presidencia.pt, preenchendo a Ficha de Inscrição do congresso e acompanhadas de um breve CV (limite de 1 página).
Os autores serão informados sobre a aceitação das suas propostas até 28 de Fevereiro de 2011.
Para mais informação, consulte o documento do Call for papers ou a página web do congresso http://outrasvozesnarepublica.wordpress.com/

Call for Papers


CALL FOR PAPERS – UACES Conference "Exchanging Ideas on Europe" Cambridge 2011
"The EU’s Comprehensive Approach: Towards Coherent Action?"

Dear Colleagues,
I am seeking papers for panels on ”The EU and the Implementation of a Comprehensive Approach to Security” for the UACES General Conference in Cambridge 5-7 September 2011.
Potential contributions should discuss various aspects of the EU’s Comprehensive Approach to Security, and the way it is implemented in different policy areas. Papers focussing on any of the following three functional interfaces are particularly welcome:
·         Implementing Comprehensive security I: the structural-operational interface:
this includes coordination issues across the interface between security and development, security and trade, security and environment, etc. – the emphasis lies on horizontal coherence in security matters.
·         Implementing Comprehensive Security II: the internal-external interface:
this concerns all coordination issues between the internal and the external aspects of security; papers could focus on EU-level implementation or on the role of single member states or groups of member states;
·         Implementing Comprehensive Security III: the civil-military interface
coordination between the civilian and the military aspects of security policy; this has a particular focus on intra-CSDP coordination, mostly at the strategic and the operational levels (matters of tactical civ-mil cooperation only to the extent they focus on the EU’s comprehensive approach)
Research agenda papers conceptualizing comprehensive security and discussing the overall implementation by the EU will be considered as well.
Ideally, we will have a line-up of three consecutive panels. Depending on the outcomes and overall arrangement, publication in an edited volume will be envisaged.
Please send a brief expression of interest a.s.a.p. to carmen.gebhard@nottingham.ac.uk to enable coordination at an early stage. Full abstracts (max. 200 words) including name, affiliation and contact details will be due by 5 December 2010.

terça-feira, 23 de novembro de 2010

Call for Papers

Conference on Supranational Governance and European Security at the University of Salford
27-28 January 2011 
We invite abstracts from both advanced research postgraduate students and established researchers for our multidisciplinary conference on 'Supranational Governance and European Security', to be held at the University of Salford (Greater Manchester) on 27-28 January 2011. The conference will aim to assess the role of European institutions in European security, as well as substantive security policies in Europe, in a multidisciplinary perspective. It is funded by the European Commission Jean Monnet Programme/Lifelong Learning Programme (EUSIM project), as well as the Manchester Jean Monnet Centre of Excellence.
The European Union (EU) is making strong inroads into areas of security traditionally reserved to states. Many scholars who analyse the EU's role in the security field tend to focus on military-related problems. However, given the characteristics of today's security problems, military capabilities do not represent the entire range of issues in security policies. Security concerns are increasingly triggered by fundamental challenges, such as terrorism, climate change, migration, and many other 'soft security issues'. The EU itself fully expressed this range of threats in the European Security Strategy (ESS) of 2003.
The main aim of this conference is to bring together scholars with a research interest in European Union security issues and institutions in their broadest sense. It will evaluate the increasing role of EU institutions in the governance of European security, which is itself becoming increasingly important for the process of European integration in general. The proposed conference is aimed at all academic members of staff and students who share an interest in European security issues and institutions.
Confirmed speakers include:
Professor Emil Kirchner, University of Essex
Professor Jolyon Howorth, Yale University
Professor Thomas Christiansen, University of Maastricht
Professor Ben Tonra, University College Dublin
Professor Michael Smith, Loughborough University
Professor David Allen, Loughborough University
Professor Andrew Geddes, University of Sheffield
Professor Sophie Vanhoonacker, University of Maastricht
Professor Richard Whitman, University of Bath
Professor Neill Nugent, Manchester Metropolitan University
Professor Thierry Balzacq, Namur University
Professor John Vogler, Keele University
Dr Javier Argomaniz, University of St Andrew
Dr Oldrich Bures, Metropolitan University Prague
Dr. David Galbreath, University of Bath
Dr. Tom Casier, University of Kent Brussels
Dr. Giselle Bosse, University of Maastricht
Dr. Alistair Shepherd, Aberystwyth University
Dr. Dimitris Papadimitriou, Manchester University
We welcome paper proposals on any aspect of European Security and Supranational Governance engaging with past and future developments in the area, in particular after the Lisbon Treaty:
* papers examining the role of European institutions in European security matters, including EU institutions, agencies, etc
* papers examining European policies on security issues in the broad sense, pre and post Lisbon;
* papers dealing with individual CFSP policies, as well as the External Action Service;
* papers dealing with individual AFSJ policies, such as: asylum, migration, borders, criminal justice and police cooperation, counter-terrorism and intelligence cooperation.
We welcome contributions from all disciplinary perspectives. We aim to contribute to the travel costs of presenters, depending on the number of participants and availability of funds.
If you are interested in presenting a paper, please send the following information to the organisers Dr Christian Kaunert (c.kaunert@salford.ac.uk) and Dr Sarah Leonard (s.leonard@salford.ac.uk) by Friday 17 December 2010:
1. an abstract of up to 250 words
2. your contact details:
a. Name
b. Institution
c. Full Postal Address
d. Email address
 
Please do not hesitate to get in touch should you have any questions.

Erasmus Mundus

Ghent University would like to inform you about the opportunities offered to EU-students within the framework of the Erasmus Mundus Action 1.
Since 2010, EU-students can also benefit from dedicated scholarships to participate in Erasmus Mundus Master Courses or Joint Doctoral Programmes.
Currently, Ghent University and its partner universities are offering the following joint programmes:
Erasmus Mundus Action 1 Scholarships are awarded on a competitive basis. During their programme students are obliged to study in at least two EU-countries, different from the country where they obtained their last degree. Certain programmes also offer the possibility for short stays in non-EU-countries. Successful students are awarded a double or joint degree.
Application for enrolment and scholarships is directly through the secretariats of these programmes. The application period for next academic year lasts till January 2011. For more information on these programmes, please contact the programmes directly, through the web-links above.
Please find attached a flyer on the same topic, provided by the European Commission’s Executive Agency.
We would highly appreciate if this information could be forwarded to student advisory staff, as well as the students and/or alumni of your institution.