segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

Começam a mudar-se os ventos...

Os ventos começam, talvez, a mudar-se para Israel. Segundo esta notícia do Público, um conjunto de diplomatas europeus elaborou um documento manifestamente contra a actual política de Israel face ao conflito com a Palestina. Como as recomendações desses diplomatas eram, até certo ponto, controversas, ao proporem medidas concretas mais duras do que os meros statements oficiais, o documento não foi apresentado oficialmente.

Pode ler-se no artigo do Público:

"Assim os diplomatas, na maioria cônsules, recomendaram vários passos sem precedentes: que responsáveis e políticos da União Europeia se deveriam abster de visitar gabinetes governamentais israelitas localizados para além da “linha verde”, definida em 1948, e que deveriam também rejeitar ter segurança israelita na Cidade Velha e noutros locais de Jerusalém Oriental, segundo o diário israelita “Ha’aretz”, que teve acesso ao documento.


Os diplomatas discutem a possibilidade de impedir “colonos violentos de Jerusalém Oriental” de entrar na UE e recomendam a promoção de um boicote a produtos de Jerusalém Oriental. "

Será que vamos mesmo assitir a uma mudança dos ventos e a União Europeia começará a adoptar medidas concretas no sentido de sancionar o pouco envolvimento de Israel no processo de paz?

2 comentários:

  1. Será que os EUA "permitem" á europa sançoes contra Israel?

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  2. Ora bem, Tiago, a relação próxima da Europa com os EUA, para não dizer dependência em termos de política externa nomeadamente, tem que ser tida em conta. No entanto, a solução do conflito israelo-palestiniano é uma das prioridades de Obama para a política externa e ele está a dispender um grande esforço do Departamento de Estado nesse sentido. Repara que seria uma bela bandeira para a sua recandidatura ter alcançado tal feito... Ora, tem-se assisitdo, por esse motivo e por outros, nos EUA, a uma mudança ligeira da política em relação a Israel - já não é tão protegido e começa a ser criticado pelos inúmeros entraves que coloca à solução do problema. Por isso, penso que será possível à Europa fazê-lo, mas que as eventuais dificuldades à sua concretização não estão nos EUA mas nos aliados de Israel dentro da própria Europa...

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