sexta-feira, 10 de junho de 2011

Aviso americano

Os europeus não são, por natureza e pela experiência dos últimos anos, tão bélicos como os americanos. Essa diferença sempre se notou entre os dois blocos e, como foi no caso do Iraque, criou alguma tensão nas relações transatlânticas.

Hoje podia ler-se no Público que Robert Gates, o secretário de Defesa dos EUA, afirmou que a NATO corre o risco de tornar-se irrelevante do ponto de vista militar caso os europeus continuem a não valorizar a área da defesa. As suas palavras foram bastante duras:

"o chefe do Pentágono avaliou que a NATO se tornou numa aliança “a dois níveis”, de dois tipos de países: “Daqueles que estão dispostos e são capazes de pagar o preço e carregar o fardo dos compromissos assumidos e aqueles que gozam dos benefícios de pertencerem à NATO mas não querem partilhar nem os riscos nem os custos”."

Efectivamente, o envolvimento militar da Europa deixa muito a desejar e a sua prioridade não passa por aí; como "soft power", frequentemente criticado, o velho continente não pode, no entanto, descorar-se desta vertente e deixar de assumir as suas responsabilidade no que toca à parceria com os Estados Unidos. Ainda assim, deviam continuar a pressionar Washington para não querer a todo o momento pegar nas armas e resolver tudo à sua (hard) maneira.

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