quarta-feira, 3 de agosto de 2011

As relações civil-militares na Turquia

No dia 20 de Agosto, no âmbito da III Global International Studies Conference, apresentarei a minha tese relativamente ao contributo (passado e presente) das Forças Armadas Turcas na democratização do país. 

Nem de propósito, têm surgido notícias que dão conta da demissão das chefias militares e da subsequente nomeação de novos militares para o cargo. 

A novidade é que esta nomeação será feita pelo governo, uma entidade civil, pela primeira vez. Que sinais poderá este acto enviar? Os especialistas dividem-se; uma vitória de Erdogan que sempre lutou contra a influência das Forças Armadas na vida política (com muita propriedade e direito) é facto aceite. O dilema consiste no significado e das motivações que subjazem a tal acção. Terá Erdogan, muçulmano, uma "hidden agenda" e este foi mais um passo no sentido de afastar os militares e reduzir a sua influência de forma a fortalecer o Islão Político contra o qual os militares sempre lutaram? Ou será esta apenas mais uma medida no sentido da separação de poderes, da consolidação do estado de direito e da democracia de tipo ocidental no seguimento das exigências da UE?

(Esta questão é muito complexa para ser tratada num simples post, mas aqui ficam algumas dúvidas para reflexão.)

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