As eleições em Marrocos de há uns dias atrás resultaram na subida ao poder de um partido islâmico moderado inspirado no AKP (Partido da Justiça e do Desenvolvimento, actualmente no governo na Turquia). O artigo do Hürriyet Daily News cita mesmo um especialista em movimentos islâmicos que atribui este sucesso do partido marroquino ao modelo turco:
“An Islamist party has been in power in Turkey for almost a decade now and has shown that modernity and Islam can be allied effectively,”
Uma vez mais, a Turquia é considerada um modelo ou exemplo pelos seus parceiros do Médio Oriente/Magrebe, países que, sendo muçulmanos e não querendo abdicar dessa característica da sua cultura, conseguem combiná-la com conceitos mais modernos e, pelos vistos satisfatórios, como a democracia e o progresso. Partes do discurso do partido vencedor são bastante semelhantes a qualquer outro partido "ocidental", reflectindo o facto de também os muçulmanos quererem que os seus países alcancem determinados níveis de conforto e felicidade, nomeadamente através da educação, da luta contra a corrupção, etc:
"The moderate Islamists’ strong showing came on the back of its promises for greater democracy, less corruption and to tackle acute social inequalities by raising minimum wages and reforming education."