quinta-feira, 24 de junho de 2010

Energia

As questões energéticas são estratégicas e muito estudadas nas Relações Internacionais por esse mesmo motivo. Podem estabelecer alianças ou podem quebrá-las. Podem ajudar um país ou podem pôr a sua segurança em risco.

O que se discute actualmente é o diferendo entre a Rússia, grande exportador de gás natural para a Europa, e a Bielorrússia, país pelo qual passa o gás para alcançar o continente. Como já expliquei no outro dia, ambos os países se acusam mutuamente de uma dívida que ronda os 200 milhões de dólares e que teimosamente não cedem no pagamento. Isso levou ao corte de 40% das exportações da Rússia para a vizinha Bielorrússia até que esta normalizasse a dívida. 

Mais do que esta disputa entre a Rússia e a Bielorrússia, aquilo sobre o qual importa reflectir é precisamente a política energética da União. Longe de ser auto-suficiente em termos energéticos, esta dependência da Rússia, assim como a dependência do Magrebe, por exemplo, podem pôr em causa a sua própria segurança. Sei que há think tanks a debruçarem-se sobre o problema e é bom que surjam outras opções. A diversificação de fontes é sempre uma estratégia, mas nem sempre possível ou economicamente viável.

Sem comentários:

Enviar um comentário