segunda-feira, 15 de novembro de 2010

Água mole em pedra dura...

A comunidade internacional aos pouquinhos lá vai criticando a construção dos colonatos israelitas. Dizem que não é correcto e que não contribui para avanços nas conversações de paz, como se compreende. Barack Obama e mesmo Catherine Ashton têm posto muito da sua energia diplomática na resolução deste problema. Diag-se de passagem que quem o conseguir terá uns louros dificilmente inolvidáveis nas próximas décadas. O confronto entre Israel e Palestina parece um nó cego. E o problema é que esta "água mole" da comunidade internacional parece não furar a "pedra dura" que é Israel.

Israel, apesar de ter "bons amigos", está cada vez menos acompanhado; as críticas são unânimes e a sua postura causa danos graves nas relações com a Palestina e em toda a resolução da questão. Estados Unidos menos próximos, União Europeia mais afastada, uma Turquia desconfiada, o mundo árabe a cerrar os dentes,... Até onde continuará esta política? A reeleição de Netanyahu em 2009 não augura grandes mudanças.

Bruno Oliveira Martins escreveu sobre a Economia da expansão dos colonatos que vale a pena ser lido.

Depois de ter escrito este post, encontrei isto no Público. Lá está: a água mole não está a fazer efeito na pedra demasiado dura...

Algum tempo depois, encontrei ainda isto no NYT. Será que a água mole está a conseguir? Eu não chamaria era "água mole" ao que está a pressionar Israel:

"In return, the Obama administration has offered Israel a package of security incentives and fighter jets worth $3 billion that would be contingent on the signing of a peace agreement, the official said. The United States would also block any moves in the United Nations Security Council that would try to shape a final peace agreement."


Aqui se percebe a importância da resolução deste problema para Obama e a sua administração e talvez por estar consciente disso penso que isto há-de resolver-se.

2 comentários:

  1. Para mim, quem chega primeira, deve ficar com a coisa..... =P

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  2. Oh pah, é que nem assim a coisa ficava resolvida! :P A comunidade internacional criou artificialmente o Estado judaico onde estavam os palestinianos; logo, seriam os palestinianos a ficar com a coisa. O problema é que os judeus já tinham habitado a área; então foram os primeiros. Mas podíamos continuar por aqui fora... Um puzzle! :) Abraço!

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