sábado, 6 de novembro de 2010

Imigrantes formam partido na Suécia

Por várias vezes falei aqui no blogue sobre a ascensão da extrema-direita numa Europa em crise. A Suécia foi um dos exemplos que dei e que surge novamente agora no seguimento da intenção dos imigrantes daquele país construírem um partido. 

O sucesso do partido de extrema-direita nas últimas eleições e uma série de crimes que têm ocorrido contra os imigrantes levaram a este movimento muito pouco comum, mas necessário. Independentemente do sucesso ou não deste grupo e da sua eventual inconstitucionalidade, o que também me interessa nesta dinâmica é a forma como as pessoas conseguem organizar-se nos dias que correm. Em pouco tempo, conseguiram centenas de apoiantes para a sua causa: defender os direitos dos imigrantes (especialmente os não caucasianos) face a um partido xenófobo que "roubou" a maioria absoluta dos social-democratas. Num país composto em 14% por pessoas oriundas de outras zonas do planeta, este movimento alerta para a necessidade de se defender os direitos dos imigrantes (que eu esticaria até às minorias). A alteridade não pode funcionar, em época de crise, para criar bodes expiatórios ou sentimentos xenófobos, racistas ou seja o que for que alimente o ódio irracional entre seres humanos - já para não referir questões de natureza muito prática como a integridade física dos indivíduos que daí advém.

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