segunda-feira, 19 de outubro de 2009

Um hambúrguer, uma estante e a economia mundial


Poucos saberão que, em economia, o Big Mac tem uma destacada importância. Mas do que pelo seu sabor que nos tenta, este hambúrguer representa, para a ciência económica, um indicador, que permite analisar a paridade do poder de compra, isto é, a comparação do custo de vida em vários países. O criador, Pam Woodall, jornalista do The Economist, lembrou-se de usar o preço praticado pelas diferentes McDonalds por todo o mundo na venda do Big Mac, que efectivamente se institucionalizou como índice: o índice Big Mac.

A explicação da utilização de produtos deste género surge na edição de 27 de Setembro do Jornal Público:

"são vendidos em grandes quantidades numa enorme variedade de países, os seus preços são definidos pela mesma entidade para cada país e são produzidos da mesma maneira em todo o Globo. Assim, é possível saber, de forma exacta e imediata, quanto é que um português e um americano gastam para comprar o mesmo produto, com a mesma marca, no mesmo tipo de loja e com a mesma qualidade de serviço.”

É ainda possível avaliar a sobre-/subvalorização monetária ou quantas horas é preciso trabalhar em cada país para se comprar um hambúrguer.

Contudo, a novidade surgiu em Setembro: é que o Big Mac encontrou um rival! Vindo, nada mais, nada menos, da Suécia. Falamos da Estante Billy, da cadeia IKEA. Esta apresenta as características necessárias a este tipo de indicadores. Confirmando a presença em massa das lojas IKEA por todo o mundo. Apesar de ter sensibilidades diferentes, porque o público-alvo desta cadeia é bastante diferente do da McDonalds, este índice terá vindo para ficar e complementar aquele que já existe desde a década 80.

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