quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

Cada vez gosto mais da Palestina

Eu sempre disse que Israel estava a perder a amizade cega dos Estados Unidos e isso concretizou-se ainda mais: foi hasteada, pela primeira vez no território americano, em plena Washington D.C. e com a aprovação da administração, uma bandeira da Palestina. Mais um passo no reconhecimento do território palestiniano, mais uma aviso sério a Israel de que os americanos não estão para tolerar muito mais brincadeiras. Até já a bandeira do “inimigo” esvoaça com os ventos americanos. Mesmo que os diplomatas retirem importância a este acto, eu continuo a dizer que o significado e o carácter ideacional e de interpretação das acções é mais forte do que a sua materialidade.

Do campo oposto, na Rússia, vem uma notícia muito semelhante: em visita a territórios palestinianos, Medvedev anuncia que o seu país reconhecerá a Palestina segundo uma declaração de 1988 que mantém. Este passo foi fundamental, pois Moscovo participa tanto no Quarteto para a Paz para o Médio Oriente como é membro permanente do Conselho de Segurança da ONU. Isto é fundamental para a sua intenção de declarar unilateralmente a independência de um estado ainda este ano, segundo alguns analistas.


E aqui seguem dois pontos para a Palestina. Palestina: 2; Israel: 0.


(P.S.: Ao contrário de mim, o PS e o PSD parecem não gostar muito.)

6 comentários:

  1. Claro que, fazendo uma análise pessoal, 1000 Israeis a 1 Palestina...

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  2. Considera 4-0. Hastear a bandeira em Washington vale dois pontos extra ;)

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  3. Outro dia estive a ver o programa "Toda a Verdade" na SicN e o tema era a Palestina, a cidade de Hebron...fiquei um pouco impressionado com a brutalidade de certas imagens e a pensar até que ponto pode alguém em Israel considerar aquela situação normal ou pelo menos sustentável...No entanto tenho de admitir que o meu conhecimento da situação continua a não ser muito profundo..

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  4. Por acaso não vi o programa.

    O conflito israelo-palestiniano é bastante complexo. Mais ainda se quisermos ser rigorosos e imparciais: são séculos de História, são as identidades e as percepções de ambas as populações, são as pressões internacionais.. Enfim. Um conjunto enorme de factores. Um dia gostaria de fazer investigação nesta área, mas por enquanto só tenho um conhecimento superficial do assunto.

    De qualquer forma, vamos opinando sobre aquilo que nos parece mais correcto...

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