A situação nas Honduras preocupou-nos durante algum tempo; falámos, discutimos e reflectimos. Na agenda mediática internacional por bastante tempo, a crise hondurenha acabou por ir desaparecendo dos meios de comunicação até aparecerem apenas casos pontuais de um maior avanço ou recuo nas negociações, afinal como acontece com quase tudo.
O que me deixa intrigado (e admito por falta de informação e dedicação ao tema) é que reparem como tudo terminou: Zelaya foi para a República Dominicana, deixou de lutar pelo lugar de Pesidente; Micheletti reconheceu a vitória de Profírio Lobo e ambos desapareceram da cena. A novidade foi a tomada de posse do recém-eleito, mas, e consequências? Como pode tudo terminar assim, como se fossem todos amiguinhos? Afinal a razão estava de que lada? Porque não foi ninguém punido? Ou os autores de um golpe de Estado ou um Presidente que abusou do seu poder?
Mais uma vez, a culpa morreu solteira. E, com ela, mais um pedaço da dignidade da democracia latino-americana...
A dignidade da democracia latino-americana nunca foi muito alta, mas desde que fui a uma Conferência com o Embaixador da Colômbia em Roma que a imagem que tinha da política regional desceu consideravelmente!
ResponderEliminarPois, Frida... É uma questão que todos têm de ponderar, a bem do funcionamento daquelas sociedades.
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