Parece ser uma piada, mas este título quer apenas chamar atenção para um acontecimento importantíssimo dos últimos dias (para além da questão iraniana, à qual me dedicarei amanhã).
Mas há inúmeras questões de fundo que se prendem com isto e que eu deixo aqui para reflexão.
1. Estes atentados vêm dar razão a Obama e ao seu reforço na luta contra a Al-Qaeda (organização que reivindicou o atentado falhado);
2. A Al-Qaeda não está, nem de longe nem de perto, imobilizada ou amputada; continua activa e sem problemas em causar mortes e chamar as atenções para a sua causa jihadista.
3. O fundamentalismo islâmico está a difundir-se e o Iémen é um dos locais mais propícios a essa disseminação, enquanto país pobre e com porblemas estruturais que é. A presença de jihadistas no Iémen é já muito forte e planeiam-se ataques a partir de lá.
4. Poderão os EUA vir a abrir uma terceira frente de guerra? Terminam de vez com o Iraque (já em vias de extinção enquanto palco de guerra activo) e viram-se para o Afeganistão e o Iémen? E quando deslocarem os fundamentalistas o seu ninho deste país da península arábica para outro como a Somália? Irão os EUA defender-se atacando também no Corno de África?
5. Qual o papel dos restantes países nesta história toda? Destruir um avião que chega aos EUA, mas que partiu da Europa não significa um perigo para todos? Uma necessidade de cooperação na resolução deste problema? Não se aperceberá a opinião pública europeia destas ameaças também à sua segurança?
Muitas outras questões poderia levantar aqui, como a da segurança nos aeroportos, mas limito-me a estas. Um atentado falhado no dia de Natal, a concretizar-se, iria espalhar o medo pelo mundo ocidental; o seu falhanço deveria alertar para a mesma situação, porque com ou sem a morte daqueles passageiros, a segurança do mundo continua frágil...