Precisamente pela altura em que os líderes ibero-americanos estão em Portugal para uma cibeira conjunta, novas informações chegam da América Latina - e algumas pouco animadoras, pelo que me parece.
As eleições nas Honduras, que estão numa profunda crise política há meses, tiveram como resultado uma confortável vitória do candidato conservador. Os EUA vão felicitar o novo Presidente hondurenho; já os países des esquerda daquele mesmo continente acusam de fraude todo o processo, que dizem ter sido montado por aqueles que expulsaram Zelaya do país no golpe de Estado. Apesar do outro candidato ter reconhecido a sua derrota, não me parece que as coisas comecem a acalmar nas Honduras. O que vai ser de Zelaya? Continuará ele na Embaixada brasileira? Como reagirão os seus apoiantes internos e os países vizinhos que claramente estão do seu lado?
Um pouco mais a Sul, no Uruguai, mais um candidato se proclama vencedor: na segunda volta das eleições, Jose Mujica venceu o sufrágio presidencial. Este senhor tem, segundo o jornal Público, um passado radical e era um antigo guerrilheiro. Contudo, promete deixar para trás essas tendências e governar na mesma linha que o seu antecessor, que trouxe grande estabilidade para o país, e na de Lula da Silva, que considera "o líder da esquerda moderada na América Latina". Parece-me bem encaminhado.
Para terminar, outra notícia, do Público e do Times, que dá conta de um grupo de argentinos que andam a angariar assinaturas para propor Fidel Castro... ... a Nobel da Paz de 2010! Dizem que é pelas evoluções alcançadas em termos de educação e saúde naquele país durante o seu governo; cá para mim, são ciúmes de Obama e de não quererem ficar para trás; ou como agora se sabe que com a Raúl Castro a repressão aumentou, então têm saudades e acham que o senhor até um Nobel merecia. Atrás de mim virá...
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