domingo, 6 de dezembro de 2009

Muçulmanos na Europa

Porque nada que acontece no mundo acontece desconectado entre si, numa altura em que se luta contra grupos islâmicos radicais na Ásia Central, discutem-se os direitos e a inclusão/integração dos muçulmanos na Europa.


O Jornal Público on-line de hoje refere um estudo efectuado em 11 cidades da Europa, nenhuma portuguesa, sobre o fenómeno da discriminação deste grupo no seio de sociedades de base judaico-cristã. Segundo esta notícia, num momento em que esta discussão foi trazida para a agenda mediática através do referndo sobre os minaretes na Suíça, que os analistas consideram ser apenas um sinal de uma tendênciavisível por toda a sociedade europeia, o relatório desmentiu três mitos: "Primeiro, que os muçulmanos não se querem integrar. Segundo, que as necessidades dos muçulmanos são diferentes. Terceiro, que os muçulmanos não se envolvem na vida política e cívica."

E se cresceram as experiências de discriminação, também é verdade que a preocupação com a integração dos muçulmanos também se consolidou. É igualmente feito um paralelismo com a Europa dos anos 30, onde um país encorajava a discriminação, na altura contra os judeus; actualmente, vivendo-se um período de crise, a sempre debatida questão dos bodes expiatórios surge com força.

Continuo a achar difícil de digerir situações como esta, onde a emotividade irracional e o medo do outro, na sua diferença e no desconhecido que ele constitui, orientam todo comportomanto de vários indivíduos, incapazes de analisar a questão com a clareza, a objectividade e racionalidade que se impõem. A integração é perfeitamente possível e a Europa devia ser o continente da tolerância e da abertura, depois de ter passado por tantas experiências que a marcaram e que deveriam ter servido como exemplo.

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