É inadmissível, eu sei, ainda não ter feito um único comentário à tão referenciada Cimeira de Copenhaga. E agora o que vou fazer também é um pseudo-comentário. Muito sinceramente, este não é um tema que me suscite muito interesse e que vou seguindo com o desprendimento de um qualquer leitor de notícias internacionais.
A questão do ambientalismo tem sido dúbia e muito polémica; não tenho bases suficientes para formar uma opinião sólida e coerente comigo mesmo. Esta problemática parece-me fundamental na actualidade, uma vez que a degradação ambiental é visível e mais ou menos defendida por toda a comunidade científica; no entanto, tenho muitas dúvidas quanto às formas de proteger a natureza, sem se cair em exageros ou sem deixar de se ser inconsciente relativamente aos efeitos para as próximas gerações.
Enquanto internacionalista, olho o problema como uma das temáticas que tem angariado mais visibilidade na agenda internacional: fala-se de Copenhaga há vários meses, toda a gente comenta Copenhaga, todos os manifestantes se concentram em Copenhaga (menos aqueles detidos no Irão que rasgaram a fotografia de Khomeini) e até estarão presentes altas entidades e representantes nacionais, entenda-se Chefes de Estado e governo. Há muita pressão nestas negociações e só pode esperar-se alguma coisas minimamente visível, depois dos EUA, da China e da UE se terem empenhado tanto na promoção destes valores.
Copenhaga mostra ainda este lado mais positivo do sistema internacional actual, marcado pela cooperação. Operação de cosmética, fachada imperialista, seja o que for que queiram chamar, o que é certo é que muitos países se sentam na mesma sala para falar e arranjar (interesseiramente ou não) soluções para problemas que não conhecem nem se delimitam pelas fronteiras que o homem mais ou menos artificialmente criou. Resultados esperam-se. Com que grau, dependerá da elasticidade e competência da diplomacia.
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