terça-feira, 8 de dezembro de 2009

Afeganistão outra vez

Não resisto a colocar um novo post sobre o Afeganistão, tema que me tem ocupado muitas horas nas últimas semanas...

Karzai, o Presidente da República, deveria hoje apontar o seu grupo de ministros, mas ainda não o fez e protelou esse anúncio. As pressões em Karzai são muitas - ele tem um país a colapsar-se à sua frente e um batalhão enorme de forças estrangeiras que vão tentando aguentar o país; ele tem que agradar a todos eles, para que não o deixem sozinho com os Taliban, porque o resultado seria, no mínimo, desastroso - apelos a uma escolha racional e que mostre mudança e a intenção de construir um governo eficaz surgem de todos os lados. Mas mais: Karzai, que continua envolvido numa imagem de corrupção e de eleição fraudulenta, tem que agradar à população que dirige - muita dela com uma certa animosidade relativamente aos estrangeiros que enchem as ruas e que lhes tentam dar alguma segurança, mas nem sempre com os resultados esperados; esta é uma sociedade massacrada e sofrida nas últimas décadas e essas feridas continuam por sarar.

Não concordo totalmente com a opinião de Richard Beeston, colunista do Times Online, mas reconheço que ele tem, em parte, uma grande razão. Falha, porque o problema é, actualmente, ainda mais do que isso; poderia ter sido visto nessa perspectiva há uns anos, mas agora ultrapassa-a. Ele diz:


É parte da verdade; a outra parte reside nos militares e civis que tentam assegurar no Afeganistão as condições para que isto seja possível e sem os quais a premissa do senhor não tem possibilidade de singrar.

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