Os aliados da NATO concordaram, em reunião, enviar mais 7000 tropas para o Afeganistão. Mais dois mil do que o anunciado em dias anteriores e, por isso, uma surpresa. Vários tinham sido os países que haviam prometido esse reforço, como referi num post anterior, desde o Reino Unido, a Polónia, a Itália, à Geórgia, à Coreia do Sul, à Espanha, Eslovénia e Portugal, para nomear alguns.
A França e a Alemanha, num claro eixo Paris-Berlim que me parece cada vez mais sólido, ainda não se comprometeram com mais tropas, mesmo apesar da insistência de Clinton. Estes dois países, apesar de terem já no terreno uma presença bastante numerosa, estão juntos desde a nega que deram a Bush aquando da invasão do Iraque. O pacifismo alemão e a não internvenção francesa caminham lado a lado nos últimos anos, apesar de ser histórica a, em mudança, pouca amizade entre ambos.
Serão estes números suficientes? Estarão os Aliados a cometer um erro reforçando a sua intervenção naquele cenário bélico? Pessoalmente, penso que não. O tempo irá trazer os resultados da nova estratégia: a ideia é derrotar de vez os grupos terroristas islâmicos, mas não me parece ter sido uma posição sensata Obama ter tornado pública a data, ainda que provisória e dependente de várias condições, da retirada americana. Isso dará alento aos terroristas para aguardarem, com paciência, até que os seus inimigos desistam. De lembrar que a URSS teve dez anos no Afeganistão, com um contingente que ultrapassava os 100 000 elementos e, mesmo assim, perdeu a guerra...
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